Europa

Rússia e Ucrânia têm primeiras conversas sobre fim da guerra

Ambos países concordaram em realizar nova troca de prisioneiros, cada qual libertando 1.000 militares

Nesta sexta-feira (16), ocorreu em Istambul, Turquia, as primeiras conversas entre a Rússia e a Ucrânia, com vistas a eventual fim da guerra de agressão do imperialismo contra a Federação Russa.

Nem Vladimir Putin, presidente da Rússia, nem Vladimir Zelensqui, presidente não eleito da Ucrânia, participaram da reunião. A delegação russa foi liderada por Vladimir Medinski, assessor de Putin que esteve envolvido na tentativa de acordo de 2022. Já a delegação ucraniana foi liderada por Rustem Umerov, ministro da Defesa da Ucrânia.

Antes da reunião, a delegação ucraniana fez novamente a proposta de um cessar-fogo de 30 dias, mas sem que fosse vinculada a um fim definitivo da guerra. Essa proposta vem sendo levantada pela Ucrânia e pelo imperialismo desde meados de março, no âmbito das negociações entre Rússia e EUA sob o governo Trump pelo fim da guerra.

Desde que a proposta foi feita pela primeira vez, chegou a ser formalizado uma cessação parcial das ações militares, limitadas às instalações energéticas de ambos os países. Contudo, as Forças Armadas da Ucrânia violaram essa moratória inúmeras vezes, inclusive atacando uma instalação de petróleo em Kursk, Rússia, quando as tropas ucranianas foram forçadas a se retirar da região. Igualmente, tentativas de atacar a usina nuclear de Zaporíjia também foram feitas. 

Em oportunidades anteriores de encerrar o conflito, o imperialismo utilizou das tratativas simplesmente para ganhar tempo e intensificar o armamento da Ucrânia: foi o que ocorreu durante os Acordos de Minsk I e II, nos anos de 2014 e 2015, quando a guerra de agressão do imperialismo contra a Rússia era ainda limitada à guerra do regime golpista de Kiev contra a população etnicamente russa do leste da Ucrânia, que havia se insurgido contra o golpe imperialista de 2014.

Assim, não houve acordo sobre um cessar-fogo nessas primeiras conversações.

Ainda no início deste dia, antes da reunião, a delegação ucraniana se reuniu com delegações dos Estados Unidos e da Turquia. Após esta reunião, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, seu reuniu com os conselheiros da segurança nacional da União Europeia, da França e da Alemanha.

Destaca-se ainda que Jonathan Powell, conselheiro da segurança nacional do primeiro-ministro britânico, esteve na Turquia. De acordo com a imprensa, o político estaria no país para dar recomendações consultivas a Zelensqui sobre como não se comportar na conjuntura desta primeira reunião entre Rússia e Ucrânia. Destaca-se que o conselheiro anterior chegou a propor “combater os russos”, bem como que as tentativas de finalizar a guerra em 2022, em reuniões que também ocorreram em Istambul, foram sabotadas pelo imperialismo britânico, através do então primeiro-ministro Boris Johnson, que instou Kiev a “simplesmente continuar lutando” para inviabilizar o processo de paz naquele ano.

Apesar de não haver perspectivas imediatas de um cessar-fogo, muito menos do fim da guerra, nesta primeira reunião, as partes concordaram em realizar uma nova troca de prisioneiros. Tanto a Rússia quanto a Ucrânia deverão libertar, cada uma, 1.000 militares feitos prisioneiros durante a guerra.

Além disto, a Ucrânia solicitou negociações diretas entre os líderes dos países, e a Rússia levou isso “em consideração”, ocasiões em que Moscou e Kiev apresentariam sua visão de um possível cessar-fogo, com cada lado “a explicando em detalhes”, conforme noticiado pela agência de notícias russa Tass.

Segundo Medinski, o líder da delegação russa, as partes planejam continuar as negociações.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.