Na última segunda-feira (19), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi convidado para copresidir um dos grupos de trabalho da Conferência Internacional para a Solução Pacífica da Questão da Palestina, a ser realizada em junho na ONU. O convite foi feito pela França e pela Arábia Saudita, e o Brasil dividirá a presidência do grupo com o Senegal. O grupo discutirá a “promoção do respeito ao direito internacional para a implementação da solução de dois Estados.”
A conferência, aprovada pela Assembleia-Geral da ONU em dezembro de 2024 com 157 votos a favor, incluindo o Brasil, e 8 contrários, tem como objetivo aumentar a pressão diplomática contra “Israel” para interromper o genocídio em Gaza, que já causou mais de 50 mil mortes, segundo o Hamas. A admissão de um Estado palestino na ONU, no entanto, depende do Conselho de Segurança, onde os EUA, aliados de “Israel”, têm direito de veto.
O governo brasileiro, através do Ministério das Relações Exteriores, reafirmou seu compromisso com a solução de dois Estados, alinhando-se com as resoluções da ONU desde 1947. A conferência ocorre em um momento de intensificação da crise humanitária em Gaza, com a ONU alertando para a possibilidade de fome em larga escala.