De acordo com denúncia publicada pelo portal de notícias israelense HaMakom, soldados das forças de ocupação de “Israel” amarraram explosivos no pescoço de um idoso palestino, que usava uma bengala para se locomover, e o forçaram a inspecionar áreas em Gaza antes de executá-lo junto com sua esposa.
O homem, que teria mais de 80 anos, foi ameaçado de morte caso se recusasse a cumprir ordens. Segundo relatos, ele foi forçado a caminhar por oito horas, sabendo que qualquer erro poderia resultar em sua execução.
O crime teria ocorrido em maio de 2024, quando as forças de ocupação de diversas brigadas cercaram a casa do casal idoso no bairro de al-Zaytun, na Cidade de Gaza. Após ser coagido a entrar em casas e túneis supostamente utilizados pela Resistência Palestina, o casal recebeu ordens para seguir em direção a al-Mawasi, uma pequena área onde viviam palestinos deslocados à força. No entanto, quando estavam próximos da segurança, ambos foram baleados e mortos.
A política de usar civis como escudos humanos, conhecida como “protocolo do mosquito”, tem sido utilizada repetidamente pelas forças de ocupação israelenses em Gaza, segundo HaMakom. Essa prática, ilegal tanto sob a lei israelense quanto pelo direito internacional, consiste em forçar palestinos a entrarem em áreas potencialmente perigosas antes da passagem das tropas israelenses. Em agosto, o jornal israelense Haaretz também relatou que o exército israelense empregou essa tática em suas operações.
O exército israelense tem negado sistematicamente essas acusações. No entanto, um soldado contradisse a versão oficial, afirmando:
“O protocolo do mosquito é completamente regulamentado, e é uma zona cinzenta dentro do exército. Ele é tratado como uma ordem oficial.”
Apesar das negativas formais, o soldado explicou que oficiais de patentes inferiores frequentemente cumprem essas ordens, enquanto os comandantes superiores se eximem da responsabilidade.
