Minas Gerais

Destruída pelo neoliberalismo, BH sofre com chuvas

Décadas de cortes em serviços públicos e priorização dos interesses vampirescos do imperialismo esvaziaram a capacidade de investimento em obras essenciais

Chuvas intensas atingiram Belo Horizonte e sua região metropolitana na tarde de segunda-feira, 17 de março de 2025, causando alagamentos generalizados e transtornos. As regiões mais afetadas foram Barreiro e Venda Nova, segundo a Defesa Civil municipal, que emitiu um alerta de risco geológico moderado para essas áreas na manhã desta terça-feira (18). Ruas ficaram inundadas, casas foram invadidas pela água, e trechos de vias importantes foram interditados. Diante da previsão de mais temporais até quarta-feira (19), moradores receberam orientações para deixar imóveis ao notar rachaduras nas paredes ou acúmulo de água no solo, acionando a Defesa Civil pelo 199 ou o Corpo de Bombeiros pelo 193 em emergências.
O temporal começou por volta das 15h, provocado por um sistema de alta umidade sobre Minas Gerais. Em Barreiro, a Avenida Teresa Cristina registrou alagamentos próximos ao Ribeirão Arrudas, enquanto em Venda Nova a Avenida Vilarinho, apesar de obras recentes de contenção, voltou a ficar submersa, travando o trânsito. A Defesa Civil mediu volumes altos de chuva em poucas horas, sobrecarregando bueiros e canais de escoamento. Equipes da prefeitura atuaram durante a noite limpando passagens obstruídas, mas a força da água superou as medidas emergenciais, deixando moradores ilhados e motoristas presos em engarrafamentos na Avenida Pedro I.
A ação envolveu agentes da Defesa Civil, Bombeiros e da Superintendência de Limpeza Urbana, mobilizados para responder a chamados de socorro. O alerta mais recente, divulgado às 13h33 desta terça-feira via redes sociais, prevê entre 20 e 40 mm de chuva nas próximas 24 horas, com rajadas de vento de até 50 km/h. A prefeitura interditou parcialmente vias como a Avenida Teresa Cristina e trechos da Pedro I, enquanto monitora o nível dos córregos. Os danos se concentraram em áreas baixas e próximas a cursos d’água, onde a drenagem não suportou o volume acumulado.
A fragilidade de Belo Horizonte diante das chuvas expõe uma infraestrutura deficiente para lidar com temporais sazonais. A ocupação de margens de córregos e a falta de manutenção em sistemas de escoamento amplificam os problemas, especialmente em regiões como Barreiro e Venda Nova, historicamente suscetíveis a enchentes. Investimentos como as bacias de contenção na Vilarinho, concluídas em 2023, mostraram-se insuficientes frente à intensidade das precipitações registradas.
A culpa por essa deterioração recai sobre o neoliberalismo e a política de sucateamento dos recursos das cidades brasileiras. Apesar de ser uma capital rica, Belo Horizonte não dispõe de estrutura adequada para enfrentar chuvas que, embora fortes, não justificam tamanho transtorno. Décadas de cortes em serviços públicos e priorização dos interesses vampirescos do imperialismo esvaziaram a capacidade de investimento em obras essenciais, punindo sobretudo a classe trabalhadora, que vive em áreas como Barreiro e Venda Nova, onde a precariedade é ainda mais evidente.

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