Na última quinta-feira (10), um ataque aéreo da ditadura sionista atingiu uma tenda de deslocados palestinos em al-Mawasi, Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, ferindo gravemente várias crianças. O bombardeio ocorreu em uma área designada por “Israel” como zona segura para civis, mas que tem sido alvo frequente de ações militares.
Relatos locais indicam que o ataque deixou dezenas de menores em estado crítico, muitos precisando de atendimento médico imediato em hospitais já sobrecarregados. O Escritório de Direitos Humanos da ONU confirmou que, desde 18 de março, pelo menos 23 ataques atingiram tendas de deslocados em al-Mawasi, apesar das ordens de evacuação israelenses.
O Ministério da Saúde de Gaza reportou que, nas últimas 24 horas até quinta-feira (10), 40 pessoas morreram e 146 ficaram feridas em bombardeios, com crianças e mulheres entre as principais vítimas. A crise é agravada pela escassez de medicamentos: 37% dos remédios essenciais e 59% dos suprimentos médicos estão esgotados, afetando 80 mil diabéticos e 110 mil hipertensos, segundo o Ministério.
Khan Younis abriga mais de 500 mil deslocados, conforme dados da UNRWA, em condições precárias desde o início da ofensiva do enclave imperialista em outubro de 2023. Os ataques na região se intensificaram após o Hamas rejeitar uma proposta de cessar-fogo dos EUA, que não incluía o fim permanente das hostilidades nem a retirada total das forças de “Israel” de Gaza.