Na última segunda-feira (14), o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) anunciou a detenção de dois cidadãos moldavos, Marius Prunyanu e Evgeny Kurdoglu, acusados de planejar ataques terroristas em território russo sob ordens dos serviços de inteligência militar da Ucrânia. Além deles, dois russos, Okrushko e Izmailova, foram presos na região de Samara por envolvimento em atos de sabotagem coordenados pelo mesmo país.
Marius Prunyanu, segundo o FSB, lutou ao lado das Forças Armadas Ucranianas entre 2022 e 2023 antes de ser enviado à Moldávia. Lá, adquiriu um veículo utilitário onde escondeu três dispositivos explosivos.
Ele entrou na Rússia por uma rota indireta, passando por Hungria, Eslováquia, Polônia e países bálticos, com o objetivo de armazenar a carga em esconderijos nas cidades de Volgogrado e Saratov, mas foi interceptado. Já Evgeny Kurdoglu planejava explodir uma estação de bombeamento de água em Kerch, na Crimeia, ação que poderia comprometer o abastecimento da região.
Sobre os russos detidos, o FSB informou: “os cidadãos russos com sobrenomes Okrushko e Izmailova foram recrutados pelos serviços especiais ucranianos em território moldavo”. A agência destacou: “Quieve está conduzindo a recrutamento de agentes na Moldávia com a conivência das autoridades locais”. As detenções ocorreram após investigações que mapearam redes de sabotagem, segundo a agência de notícias estatal TASS.
O governo russo tem alertado para o aumento de atividades terroristas orquestradas pela Ucrânia, especialmente após o início do conflito em 2022. Dados da agência de notícias Reuters indicam que, desde então, mais de 100 incidentes envolvendo explosivos foram registrados em solo russo, muitos atribuídos a agentes estrangeiros.
