Dia de hoje na história

24/5/1866: começa a sangrenta Batalha de Tuiuti

Maior confronto campal da Guerra do Paraguai, marcou um ponto de virada na ofensiva da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) contra Paraguai

Na última quinta-feira de maio de 1866 (24), a Batalha de Tuiuti, maior confronto campal da Guerra do Paraguai, marcou um ponto de virada na ofensiva da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) contra o Paraguai. Travada em um terreno pantanoso no sudoeste paraguaio, a batalha envolveu 56 mil soldados, resultando em 13 mil baixas paraguaias e 3.931 aliadas, consolidando a superioridade da Aliança.

As forças aliadas, com 32 mil homens (21 mil brasileiros, 9.700 argentinos e 1.300 uruguaios), acampavam em uma área de quatro por 2,4 quilômetros, cercada por pântanos e sem mapas precisos. O marechal paraguaio Francisco Solano López, com 24 mil soldados, lançou um ataque surpresa, usando a cavalaria como vanguarda, tática inovadora para a época. Divididas em quatro colunas, as tropas de José Eduvigis Díaz, Hilario Marcó, Vicente Barrios e Francisco Isidoro Resquín visavam flanquear os aliados, empurrando-os ao Rio Paraná.

O ataque, iniciado às 11h, dizimou batalhões aliados, mas falhas na execução paraguaia, como falta de comando unificado e atrasos, comprometeram o plano. O general brasileiro Manuel Luís Osório, futuro Marquês do Herval, reorganizou as tropas em fuga, enviando reservas para conter os flancos. A artilharia de Emílio Mallet, com 28 canhões La Hitte e um fosso camuflado, foi decisiva, dizimando a cavalaria inimiga. Após cinco horas, às 16h30, os paraguaios recuaram, deixando 6 mil mortos e 7 mil feridos, contra 996 mortos e 2.935 feridos aliados.

O terreno, com pântanos, juncos altos e cólera, dificultou a mobilidade. A vitória aliada, segundo o historiador Francisco Doratioto, enfraqueceu López, que recuou para fortalezas como Humaitá. A falta de perseguição, criticada por militares como Antonio de Sena Madureira, que disse: “era de esperar que os aliados marchassem imediatamente em sua perseguição”, deveu-se à escassez de cavalaria e víveres.

O general paraguaio Resquín relatou: “foram notáveis as baixas que o exército paraguaio sofreu. Dos vinte e três mil homens que entraram em ação, somente sete mil saíram sãos e três mil feridos levemente”. O coronel argentino Emilio Conesa destacou Osório: “alcançou a maior glória desta jornada e o apreço de todo nosso Exército”.

A batalha, celebrada como Dia do Exército Brasileiro até o século XX, segundo o Museu Histórico Nacional, definiu a vantagem aliada, pavimentando a vitória final em 1870.

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