Na última quinta-feira (8), o marionete do imperialismo norte-americano e presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, demitiu o principal comandante do Exército do seu país, Valerii Zaluzhny (foto), que tinha liderado todas as operações da Ucrânia desde o início da guerra libertadora que a Rússia trava, desde fevereiro de 2022, contra as agressões imperialistas desfechadas contra os russos por parte do governo ultra reacionário do país vizinho, cujo governo fez do seu próprio povo “bucha de canhão” para defender os interesses dos mais poderosos monopólios dos EUA, como a indústria bélica e petrolífera.
A demissão se deu em meio a uma colossal crise no interior das próprias FFAA ucranianas, uma vez que o comandante Zaluzhny era considerada como uma figura popular entre os ucranianos e teria recusado um pedido de Zelensky para se afastar do cargo. Ficou pública também divergências entre o presidente e o militar, que não se opunha diretamente à continuidade da guerra “contratada” pelos EUA, mas que defendia uma posição mais defensiva e que o governo assumisse claramente que não há condições de recuperar os territórios libertados pela Rússia e que se limitasse a manter o território atualmente sobre o controla da Ucrânia. Isso enquanto Zelensky continua com a campanha publicitária (sem qualquer base na realidade) de que vai reconquistar territórios, fazer os russos recuarem etc. se tiver mais apoio e recursos do imperialismo.
A crise coloca o regime ucraniano em frangalhos e sob a ameaça crescente de um golpe militar, diante da derrota não só do regime nazista ucraniano, mas de todo o imperialismo que impulsionou a ação contra os russos.
Junto a cada vez mais próxima derrota final na Ucrânia, outro levante espetacular e heroico diante de um imperialismo cada vez mais abatido completou nessa semana 120 dias (em 7/2). E justamente quando se completou quatro meses das heroicas ações dos grupos da resistência palestina que adentram o território invadido por “Israel”, destruindo equipamentos de guerra e provocando baixas militares entre os invasores, foram tornadas públicas as negociações em torno de um cessar-fogo.
Armados da enorme autoridade de quem lidera a residência palestina, a direção do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) tornou públicas suas considerações sobre as negociações em curso, na qual sua proposta é de que a suspensão seja de, pelo menos, quatro meses e meio, durante os quais todos os reféns seriam libertos e “Israel” retiraria suas tropas da Faixa de Gaza e se estabeleceriam negociações para um acordo sobre o fim do conflito.
As negociações e o possível acordo representam uma nova perspectiva contra a odiosa dominação imperialista na região, de mais de sete décadas e que, nos últimos 120 dias, vitimaram mais de 100 mil palestinos, dentre eles cerca de 15 mil crianças mortas ou desaparecidas sobre os escombros.
Até mesmo a imprensa imperialista destacou que “a proposta do grupo militante – uma resposta a uma oferta enviada na semana passada por mediadores de Egito e Catar – é o maior esforço diplomático até o momento para uma interrupção prolongada dos combates” (Reuters, 7/2/2024).
Depois do “Dilúvio de al-Aqsa” de 7/10, uma das operações militares e políticas de maior sucesso da história moderna, o regime nazista de “Israel” fracassou em seus objetivos militares e lançou uma destruição sem paralelos contra o povo palestino, com o apoio dos EUA.
“Israel”, que se mostrava como a vítima do terrorismo, foi vista por todos como sendo o nazismo do século XXI.
O que provocou uma verdadeira rebelião dos povos árabes, com ações armadas de libaneses, iemenitas, iraquianos, iranianos, sírios etc. contra “Israel” e seus chefes imperialistas. Até mesmo no interior de “Israel” e entre uma crescente parcela dos judeus de todo o mundo, não para de crescer a indignação contra a barbárie sionista.
O que intensificou a crise também no coração do imperialismo: o “dilúvio” chegou aos EUA. O combalido governo Biden e outros estão pressionando para que se chegue a um acordo.
Uma espetacular vitória da luta do povo palestino, da sua resistência armada e de todos os povos oprimidos pelo imperialismo.
Estas importantes guerras contra o imperialismo e os regimes nazistas que servem a seus interesses, longe de serem “raios em céu azul”, expressam uma crescente tendência do levante dos povos oprimidos de todo o mundo e se somam a outras vitórias maiúsculas – mesmo que em meio a um grande sofrimento dos povos (como em quase todo “parto revolucionário”), como nas recentes vitórias populares no Afeganistão, Iraque, Síria etc.