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São Paulo

Veja como foi o último dia da 35ª Conferência do PCO

O Partido recebeu inúmeras saudações pela realização da conferência, inclusive do representante do Hamas na Faixa de Gaza, o que mostra o acerto da campanha em defesa da Palestina

Domingo, 3 de março de 2024, segundo dia da 35ª Conferência Nacional do Partido da Causa Operária.

Este último dia foi dedicado aos trabalhos em grupos, o que é, basicamente, quando os delegados e observadores presentes à conferência se reúnem para discutir os informes que foram dados pela direção do Partido do primeiro dia e deliberar as próximas atividades.

Os delegados e observadores foram divididos em três grupos. Para exemplificar como se deu o trabalho, no grupo três houve a divisão entre informe político e propostas. Uma vez que o informe político foi dado, o espaço para discussão foi aberto. Uma das principais questões discutidas foi a questão posta por Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, na Análise Política da Semana deste sábado, de que está havendo uma revolução na Palestina, desencadeada pelo 7 de Outubro. As dúvidas foram anotadas, para serem encaminhadas para os trabalhos finais, mas tarde durante o dia.

No que diz respeito às propostas práticas, o coordenador do grupo de trabalho, João Jorge Caproni Pimenta esclareceu que elas deveriam focar nos problemas mais amplos das campanhas que devem ser colocadas em prática pelo Partido. Contudo, como foram feitas propostas específicas, elas também foram encaminhadas. Uma demonstração do caráter democrático do PCO.

Ao final de um dos grupos de trabalho, o coordenador João Jorge Pimenta comentou com os delegados e observadores que praticamente não houve divergências durante as discussões. 

Segundo o dirigente, algumas pessoas poderiam achar que isso se deve ao fato de o Partido da Causa Operária ser um partido pequeno. Mas, conforme constatou Pimenta, isto é equivocado, pois em muitos grupos pequenos há divergências enormes, frequentemente inconciliáveis, que resultam em rachas desses grupos. Assim, a existência de quase nenhuma divergência entre os militantes do Partido da Causa Operária, no que diz respeito às questões fundamentais, é em razão de o partido ter um programa coeso, algo que falta aos demais. É através do programa que a unidade do PCO é mantida, o que é feito através de atividades permanentes, cotidianas de discussão e militância política.

A respeito disto, Pimenta destacou que nem mesmo o Partido Bolchevique, quando da Revolução de Outubro, tinha um nível de unidade teórica e prática como o PCO tem. É verdade que o partido de Lênin enfrentou situações mais difíceis, que impossibilitaram esse nível de unidade. No entanto, essa realidade permanece.

E essa coesão do Partido da Causa Operária está sendo fundamental para o avanço do partido, de forma que se uma situação revolucionária surgir, o partido poderá ter um enorme crescimento.

Após esses trabalhos, houve um intervalo de 30 minutos para almoço, em que os presentes puderam descontrair e aproveitar uma saborosa refeição servida pelo Bar Jacobinos.

Os trabalhos foram retomados logo após, às 15 horas.

Compareceram à conferência companheiros ativos na luta do povo palestino no Brasil, tais como Reda Sueid, do campo progressista árabe que saudou o evento do Partido, destacando a coragem do PCO em assumir uma posição em defesa da Operação Dilúvio de al-Aqsa. Pela coragem em defender a resistência palestina. Segundo Sueid, o tempo mostrou que esta é a posição correta, frisando que a política colonial do imperialismo e de “Israel” sobre a Palestina foi interrompida com o 7 de outubro. Da mesma forma, denunciou a política equivocada da esquerda que condena o Hamas como sendo terrorista.

Mostrando a força e o acerto da campanha em defesa da Palestina feita pelo PCO, outras saudações foram feitas ao Partido, pela realização da 35ª Conferência. Uma delas foi a da Juventude do Partido dos Trabalhadores, que frisou que o que acontece na Palestina é um genocídio.

O mesmo se deu com a Juventude do Partido Comunista da Colômbia, que também saudou o PCO pela luta em defesa do povo palestino.

O Xeique Hussein Khalilo representante da comunidade iraniana em São Paulo, que já esteve presente em outras atividades do PCO e em várias manifestações em defesa da Palestina, também enviou um vídeo saudando o evento realizado pelo partido e apoiando a luta aguerrida de seus militantes contra o sionismo. 

A Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) também mandou suas saudações por vídeo, igualmente cumprimentando o Partido em razão da luta aguerrida em defesa dos palestinos.

Logo após, a intervenção ficou a cargo de Ahmed Shehada, presidente do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal), que esteve presencialmente no Centro Cultural Benjamin Perét, e prestou suas saudações ao Partido da Causa Operária, pela realização da 35ª Conferência Nacional e pela luta aguerrida do partido em defesa do povo palestino.

A última mensagem saudando o evento foi extremamente especial. Veio de ninguém menos do que Dr Bassem, membro do birô político do Hamas, e representante do partido na Faixa de Gaza. 

Em sua declaração gravada, Bassem fez questão de frisar que o Brasil é um colosso de país, de grande importância no mundo, e agradeceu o apoio que o povo brasileiro vem dando à luta do povo palestino. Nesse sentido, também elogiou às recentes posições do governo Lula contra “Israel”, equiparando-o à Alemanha Nazista. Frisou que os palestinos não têm alternativa senão lutar. Caso contrário, eles serão exterminados pelos sionistas. E, então saudou o Partido da Causa Operária e seus militantes, tanto pela 35ª Conferência, quanto pela incessante luta em defesa do povo palestino. E disse esperar que um dia os brasileiros possam visitar Jerusalém, quando a Palestina tiver sido libertada, o que não tardará.

Após as declarações saudando o Partido e a Conferência, os coordenadores dos grupos de trabalho apresentaram os relatórios com as questões e propostas que haviam sido encaminhadas.

Todas foram devidamente anotadas pela mesa.

Foi então aberto momento para intervenções.

Vários militantes intervieram, de forma que foram cerca de vinte intervenções. Algo que, novamente, demonstra a natureza democrática do Partido da Causa Operária.

Uma das intervenções foi de Rui Costa Pimenta, em que ele explicou a respeito das dúvidas que os militantes tiveram a respeito da revolução que ocorre na Palestina.

Pimenta esclareceu que na Palestina ocorre uma revolução, pois, em primeiro lugar, o movimento armado é generalizado. O 7 de outubro não algo isolado. Apesar de apenas o Hamas ser um partido grande. Aliás ele repassou a informação que obteve no Catar de que o Hamas é, proporcionalmente, um partido maior que o Partido dos Trabalhadores. E, em números absolutos, é bem próximo. Isto em uma população quase cem vezes menor do que a do Brasil.

Ademais disto, o presidente do PCO disse que todos os grupos armados se unificaram, apesar das divergências que existem entre eles. A unidade é típico de uma revolução.

Outro fato que compra a revolução é o ânimo, o estado de espírito dos palestinos. Não se colocam como coitados. Possuem um espírito de luta, de enfrentamento ao sionismo. “Quando a consciência das pessoas se agrupa dessa maneira, é uma revolução”, esclareceu Pimenta, acrescentando que os palestinos colocaram tudo de lado, e querem a vitória sobre o sionismo.

Ainda sobre a questão, explicou que uma situação revolucionária se transforma em uma revolução com a mudança subjetiva nas massas, isto é, a mudança na consciência. Nesse sentido, se as forças de ocupação recuar, os palestinos irão se armar de forma generalizada.

Um segundo ponto destacado por Rui Pimenta para comprovar que há uma revolução em curso na Palestina, é o impacto da situação. Por todo lugar vem se generalizando a luta pelo fim de “Israel” e o ódio generalizado pelo sionismo.

A ação da resistência palestina está impulsionando as massas de inúmeros países, inclusive os imperialistas, contra os seus próprios algozes (a burguesia), gerando crises que há muito não se viam. 

Assim, quando se denuncia o genocídio que “Israel” comete contra os palestinos, e se defende a resistência armada, essas denúncias impulsionam uma tendência revolucionária, explicou Pimenta.

O presidente do PCO também explicou que “Israel” é um Estado artificial, e que a vitória da resistência tende a desencadear uma situação revolucionária também dentro de “Israel”. E, se o Estado sionista cair, irá gerar um efeito dominó revolucionário por toda região. Por isto que o imperialismo está bancando o genocídio.

Ainda sobre o sionismo, Pimenta comentou sobre a situação brasileira, expondo que, apesar de Bolsonaro ter demonstrado força com a manifestação do dia 25 de fevereiro, também mostra um flanco exposto, qual seja, o apoio a “Israel”, que é um barco furado.

Frisou, então, que é uma questão de honra, de tática e de estratégia política defender a luta armada, tanto na Palestina quanto de todos os povos oprimidos. Não apoiar o Hamas é não apoiar o povo em armas, um princípio revolucionário fundamental.

E concluiu dizendo que podemos estar diante de um ponto de inflexão para que o PCO se torne um partido de massas.

Após a fala de Rui Pimenta, próximo ao final da conferência, foram aprovadas as pré-candidaturas de 29 candidatos a prefeito nas eleições municipais de 2024, cujos nomes serão divulgados logo menos.

E, às 18h30, votaram-se as resoluções da conferência. Não houve divergência nas propostas feitas, de forma que não foi necessário rediscuti-las.

As resoluções foram aprovadas com unanimidade. Novamente uma demonstração da unidade programática e prática entre os militantes do partido.

Ao fim, Rui Pimenta explicou que a próxima tarefa será discutir, entre os militantes, filiados e simpatizantes do Partido para que se comece a ampla mobilização.

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