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Carnaval 2024

Vai-vai: na festa do povo, um ataque a sua cultura e sua memória

Escola de samba paulistana decidiu erguer uma estátua do bandeirante Borba Gato pichada, em protesto contra a “elite paulista”

Já de muito tempo, os foliões brasileiros são obrigados a lidar com os ataques da direita à maior festa popular do planeta. Não há um ano em que a polícia não reprima blocos de rua ou que uns vereadores picaretas tentem cortar os recursos para as festas carnavalescas. Tudo isso, é claro, em nome do “bem”.

Eis que, de uns tempos para cá, a direita ganhou um novo aliado: os identitários, que se infiltram na esquerda para fazer sua campanha contra tudo aquilo que é de interesse da população. No ano de 2024, um dos mais fortes concorrentes à sabotagem identitária ao carnaval brasileiro é a escola de samba paulistana Vai-Vai, a maior campeã da cidade.

Abrindo a noite do sábado de carnaval (10), a Vai-Vai levou ao Sambódromo do Anhembi um “manifesto paulistano” em que constava uma estátua pichada do bandeirante Borba Gato, bem como letreiros em que se lia “fogo nos racistas”. Tratava-se de uma óbvia referência à ação feita por um tal coletivo Revolução Periférica que chamuscou a célebre estátua de Borba Gato localizada na Praça Augusto Tortorelo de Araújo. Paulo Galo, o autodeclarado líder da ação, foi convidado a desfilar pela Vai-Vai.

Antes mesmo do desfile, a escola de samba já havia indicado que faria algum escracho com a estátua do bandeirante. Em texto nas redes sociais, a Vai-Vai falou o seguinte sobre Borba Gato:

“Foi um colono brasileiro, bandeirante paulista, sertanista, proprietário de escravizados e descobridor de metais preciosos. Nas viagens que realizava, para explorar novas terras, os grupos indígenas encontrados pelo caminho eram assassinados, as mulheres estupradas e os sobreviventes aprisionados e vendidos como escravizados. E aí? Fogo na estrutura?”

A Vai-Vai trouxe para o carnaval, portanto, a mesma propaganda fuleira que os identitários vêm fazendo sobre a história do Brasil. Para eles, o Brasil seria fruto de um grande “pecado” – e, como tal, não mereceria existir. Não deveria cultuar seus heróis, não deveria manter suas tradições, deveria negar sua cultura. Deveria, portanto, receber de braços abertos tudo aquilo que vem dos grandes opressores do presente: o imperialismo norte-americano.

E é assim que a Vai-Vai, usurpando o caráter popular do carnaval, trouxe para o sambódromo a demagogia daqueles que nutrem o mais profundo ódio pelo povo. Clamaram “fogo” naqueles que construíram a nação, ao mesmo tempo em que se calaram diante da polícia, dos bancos e, claro, do maior espetáculo racista do planeta, que é o genocídio na Faixa de Gaza.

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