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Camilo Duarte

Militante do PCO e colunista do Diário Causa Operária. É formado em Física pela UFPB.

Coluna

Uma semana: greve persiste e cresce

Greve da categoria ainda segue nos primeiros passos, mas se desenvolve

Após uma semana de greve, foi instalado o Comando Nacional de Greve (CNG) na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (SINTFUB) na UnB. Estatutariamente, o CNG será composto pela Direção Nacional da Federação das Associações de Servidores das Universidades Brasileiras (FASUBRA) e delegados das entidades filiadas em greve.

Balanço inicial da greve

Na Plenária Nacional da FASUBRA para deflagração da greve estiveram representantes 177 delegados de 37 entidades filiadas, pouco mais da metade das entidades filiadas. Os números chegam a ser irrisórios para o nível organizacional e tamanho da categoria.

Mesmo com a disposição da categoria a mobilização não temos um reflexo dessa tendencia na mesa de negociação. Vemos uma categoria com histórico de grande mobilização, ter os seus novos membros forçados a reaprende o básico do movimento sindical.

Propaganda e agitação

No período anterior a greve, durante a negociação inicial, a FASUBRA tinha uma média de 1 um Informe de Direção a cada 10 dias. Uma comunicação bastante dispersa frente a necessidade do cenário de mobilização. 

Recentemente, foi publicado pela FASUBRA um Informe de Greve Nº 4/02, em 27 de fevereiro, e mais um Informe de Direção Nº 1/03, no dia 14 de março. Até esse momento, mesmo as propostas mais ambiciosas do CNG são saem do aspecto virtual.

O significa que basicamente não uma agitação ou propaganda constantes e intensa direcionada a categoria dos servidores técnico-administrativos (TAEs), para discutir seus problemas. O trabalho de comunicação virtual é insatisfatório, e o mesmo em suporte físico é quase inexistente.

Como fica a adesão?

As assembleias de deflagração da greve foram amplas, contando com a presença em peso da categoria. Em muitas bases mais de 20% da categoria se fez presentes nesse momento, mesmo sem um convocatório adequado, demonstrando fortes tendências a mobilização.

É compreensível que uma categoria há anos sem reajuste, sofrendo a década com perdas salariais, deseje se mobilizar e luta pelos seus interesses. Entretanto, frente a perseguição da burocracia que administrar as instituições de ensino e falta de organização e comunicação sindical adequada, muitos desde ainda não aderiram ao movimento.

Conservar a cultura sindical classista

O sensor comum colocar “que não é o preciso reinventar a roda”, mas aparentemente as lideranças de várias categorias do movimento sindical perderam aspectos básicos da cultural sindical operária. Acabam acontecendo retrocessos políticos, e vemos na categoria fenômenos que já superados pelo movimento operário.

Nossa categoria lutou contra a ditadura militar para conquista seu direito de organização, não podemos permitir que pela indefinição política das direções a sofra as consequências. É preciso um trabalho serio de agitação e propaganda, para organização e mobilização da categoria.

Greve na UFPB

A UFPB, infelizmente, segue como um exemplo da direita e extrema-direita, seja na organização do seu orçamento, seja na profundidade da intervenção que persiste até o momento.

A administração, que costumeiramente não normativa coisas básicas e necessárias, resolveu “regular” no sentido de restringir, o direito de greve.  Embora existam diversos motivos para paralisação na UFPB, nossa greve é uma mobilização nacional, a mesa de negociação é nacional e não local.

Nesse caso, a prerrogativa abona ou desabona o ponto dos grevistas foge da incumbência da administração local. É um dos pontos da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), numa esfera superior à administração da UFPB.

Entretanto, a normativa local é utilizada para desmobilizar e assediar os trabalhadores, e não uma campanha contraria a altura do movimento sindical.

É preciso fazer discuti todos os pontos de nossas reivindicações com a categorias, delimitando uma política para cada necessidade sua. Além de se fazer presente nos setores, mobilizando, enfrentando a burocracia local.

Perspectivas

Mesmo com a inércia da burocracia sindical, os trabalhadores da categoria TAEs seguem com grande tendência a mobilização. Com pouca ação há considerável mobilização e a greve rumo a organização do movimento.

Havendo uma perspectiva de renovação no movimento sindical, com uma geração disposta a enfrenta a atual burocracia. Essa tendencia deve ser estimulada e auxiliada em seu desenvolvimento político.

Eixo Específico

– Reestruturação do PCCTAE com orçamento necessário (incluindo a recomposição salarial).

Eixo Geral

– Recomposição orçamentária das instituições no mínimo ao patamar de 2015;

– Revogação da IN /2023 que impede direito de greve;

– 30 horas para todos;

– Não ao ponto Eletrônico;

– Reposicionamento dos aposentados;

– Reposição do quadro, concurso já para todos os cargos

– chega de terceirização;

– Deposição dos Reitores Interventores.

– Fim da lista Tríplice – Paridade nas eleições para a Reitoria.

– Normatização do artigo 76 da Lei 8.112/90 – horas fixas.

– Normatização do Plantão 12/60 nos HU;

– Contra a Reforma Administrativa;

– Revogação da Lei da EBSERH.

– Fim das normativas que dificultam o direito à insalubridade.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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