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Venezuela

Uma campanha lavajatista contra Nicolás Maduro

Golpismo orquestrado no Brasil contra o PT e a Petrobrás é reeditado na Venezuela. Os alvos? Nicolás Maduro e a PDVSA. A esquerda golpista ergue a cabeça no país bolivariano

No último dia 15 de abril, segunda-feira, o sítio Tribuna Popular, do golpista Partido Comunista da Venezuela, publicou artigo intitulado “​PCV sobre trama de corrupción en Pdvsa: Presidente Nicolás Maduro debe rendir cuentas al país”. O PCV resgata a campanha anticorrupção no ano eleitoral, somando-se à ofensiva golpista contra o mandatário venezuelano.

“O Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da Venezuela (PCV) rejeitou esta segunda-feira que o Presidente da República, Nicolás Maduro, tenha fugido à sua responsabilidade na trama de corrupção “Pdvsa-Cripto” após a recente apresentação à justiça dos ex-ministros Tareck El Aissami e Simón Zerpa, bem como de outros altos funcionários, acusados ​​de suposto cometimento de apropriação ou desvio de bens públicos; vangloriar-se ou valorizar relacionamentos ou influências; lavagem de dinheiro e associação.”

“‘O presidente Maduro não tem moral para fazer esse discurso’ [contra a corrupção]; ‘O que ele pretende é manipular, usar o assunto para fins eleitorais, mas também se colocar acima, como se não tivesse responsabilidade’.” Foi o que disse o dirigente do PCV, Pedro Eusse.

O que vimos ao longo do ano, porém, não foi uma campanha de Maduro contra a corrupção com vistas às eleições, mas uma sucessão de tentativas de golpear o presidente, um aumento da propaganda contra Maduro por todos os lados, da direita à esquerda pró-imperialista, como é o caso do PCV e de seu coirmão no Brasil, o PCB. Ao longo do ano eleitoral, a campanha para desacreditar as eleições na Venezuela e caracterizar Maduro como um ditador também foi intensificada.

Segundo o PCV, a economia venezuelana estaria sendo entregue a “cúpulas mafiosas”, e por isso a população estaria na miséria. O bloqueio, contudo, não aparece denunciado pelo PCV, tampouco o imperialismo, que além de bloquear, sabota a economia venezuelana, com atos de sabotagem industrial, atentados a depósitos e tentativas de assassinato de oficiais, como o próprio Nicolás Maduro. Ao invés de denunciar as sanções, ao contrário, o PCV as atribui ao governo venezuelano. Afirma Pedro Eusse:

“Tudo parece indicar que é conveniente para esta liderança governamental e para os seus gângsteres que as sanções continuem porque têm sido as condições mais propícias para que haja esta festa de apropriação indevida de recursos do Estado venezuelano.”

Uma aberração. Frente aos ataques do imperialismo contra o governo, pela direita, soma-se o PCV, pela esquerda. Numa repetição da campanha contra a corrupção que deu base ao golpe no Partido dos Trabalhadores no Brasil, com a prisão de seus principais dirigentes e até mesmo do próprio Lula, o PCV ataca:

“‘Não há dinheiro para as escolas, não há dinheiro para os salários, não há dinheiro para a segurança social, para as pensões; Mas há dinheiro para um pequeno grupo de gângsteres protegidos pela alta liderança do Governo presidido por Nicolás Maduro enriquecer’, criticou Eusse.

“O Birô Político do PCV insistiu que ‘a verdadeira luta contra a corrupção merece a investigação dos mais altos dirigentes daqueles responsáveis ​​que fizeram o que quiseram na PDVSA e o principal deles é Nicolás Maduro Moros’.”

Nicolás Maduro, hoje presidente da Venezuela, vítima de uma série de tentativas de assassinato nos últimos anos, ao defender a soberania de seu país, pelo contrário, não é o apropriador da riqueza da PDVSA, mas o maior defensor de que essa riqueza não seja apropriada pelo imperialismo. Nicolás Maduro, e sua posição na presidência, é expressão da luta do povo venezuelano por soberania, pelo controle do petróleo venezuelano pelo próprio país. Ao se juntar ao imperialismo no ataque ao governo, o PCV adere à tentativa de roubar a PDVSA, assim como feito com a Petrobrás no Brasil durante o golpe.

O que vemos é a mesma campanha, os personagens apenas mudam de nome. Supostamente, o governo nacionalista da Venezuela, que é ainda mais radical que o brasileiro, estaria “quebrando” ou desviando recursos da PDVSA, no Brasil a Petrobrás. A saída, portanto, uma iniciativa golpista, de derrubada do governo e entrega das riquezas nacionais ao imperialismo. Assim como a farsa golpista no Brasil, movida por PSTU, PCB, setores do PSOL, entre outros grupos, o PCV encampa uma farsa golpista na Venezuela, que deve ser desbaratada para o prosseguimento da luta soberana do povo venezuelano.

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