Segundo o jornal israelense Haaretz, as forças de ocupação sionistas, em operações recentes, queimaram “deliberadamente” centenas de casas na Faixa de Gaza, junto aos pertences dos cidadãos palestinos.
Os oficiais do exército sionista afirmaram que os incêndios se tornaram “tática comum”.
Uma unidade militar, ao queimar os edifícios, assim instruiu os soldados: “tirem os vossos pertences de casa e preparem-nos para serem queimados”.
Outra emissora, N12, revelou que “Israel” demoliu cerca de 1.100 casas para estabelecer uma “zona de tampão” dentro de Gaza, o que foi corroborado pelo veículo norte-americano Financial Times: “manter esta área completamente limpa de quaisquer [combatentes de resistência] ou infraestruturas, lançadores de foguetes, morteiros… e para nos dar liberdade de operação naquele espaço”, afirmou uma testemunha familiarizada com o assunto.
Entre as construções demolidas, estavam a Universidade da Palestina, a Escola Khalifa da UNRWA, a Universidade de Al-Azhar, bairros residenciais completos no norte, centro e sul da Faixa de Gaza, além de monumentos históricos e sítios arqueológicos, escancarando a falta de escrúpulos e a ação fascista promovida pelos soldados. A ação foi caracterizada pelo jornal britânico The Guardian como “domicídio”, uma vez que não apenas os palestinos são assassinados, mas também suas casas são destruídas.
O massacre de palestinos já tomou seu lugar na história, segundo a Associated Press, como uma das guerras mais “sangrentas e devastadoras” da “história recente”. Conforme a análise de imagens conduzidas pela British Broadcasting Corporation (BBC), entre 144 mil e 177 mil edifícios foram danificados desde o início da operação de resistência promovida pelo Hamas e demais organizações. Outro estudo, desta vez utilizando-se de imagens de satélite obtidas por Corey Sher, da City University of New York, e Jamon Van Den Hoek, da Oregon State University, mostrou que 50 a 62 por cento de todos os edifícios em Gaza foram destruídos.
O mundo assiste ao “país mais democrático” do Oriente Médio cometer o maior genocídio do século XXI. A crise é tão profunda que é impossível ocultar as barbaridades cometidas contra os mártires palestinos.