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Izadora Dias

Izadora Dias é militante do Partido da Causa Operária em São Paulo, coordenadora do coletivo João Cândido e integrante da secretaria de organização do PCO. É militante anti-imperialista e anti-identitária. É estudante da USP e, além de colunista do Diário Causa Operária, participa do programa matinal da Causa Operária TV, o Reunião de Pauta, às sextas-feiras.

Coluna

The Stepford Wives: exibição de filme e debate do Rosa Luxemburgo

Trama de filme de terror destaca a pressão que as mulheres sofrem para se tornarem escravas do lar

O Coletivo Rosa Luxemburgo realizará a exibição de um filme na próxima terça-feira(23),  abordando a temática da condição das mulheres em relação à escravidão do trabalho doméstico. O filme em questão é “Esposas em Conflitos” (1972), escrito por Ira Levin, que se tornou um clássico abordando questões das mulheres donas de casa.
O termo “Stepford Wife” continua sendo utilizado na língua inglesa para descrever esposas consideradas exemplares.

Situada nos anos 1970, a trama se desenrola em Stepford, uma comunidade suburbana aparentemente perfeita, onde as mulheres desempenham papéis estereotipados de esposas dedicadas exclusivamente às tarefas domésticas. A protagonista, Joanna Eberhart, uma fotógrafa confiante e determinada, muda-se com sua família em busca de uma vida mais tranquila, mas logo percebe algo sinistro na comunidade.

Levin utiliza a história para denunciar o terror que vivem as mulheres sob a pressão dos deveres domésticos e cuidados dos filhos, explorando como até mesmo homens aparentemente progressistas podem sentir-se ameaçados pela liberdade conquistada pelas mulheres. A trama sugere a possibilidade de uma conspiração envolvendo a Associação Masculina da cidade.

A adaptação cinematográfica de 1975, intitulada “Esposas em Conflito”, é reconhecida como um clássico do terror feminista, e seu impacto é evidenciado pela inspiração de Jordan Peele para o filme “Corra!” (2017). Contudo, a versão de 2004, intitulada “Mulheres Perfeitas”, é criticada por abordar a história de maneira mais cômica, não fazendo jus à profundidade do livro.

O enredo, permeado por mistério e desconfiança, explora as questões das mulheres levantando reflexões sobre a pressão social imposta às mulheres para se conformar a papéis tradicionais.

Após a exibição do filme  o Coletivo utilizará da trama do filme para debater os temas apresentados no longa-metragem.

Convidamos a todos para o encontro na Rua da Lapa, 108, Sala 1205. Homens são bem-vindos a participar e contribuir na luta contra a escravidão doméstica das mulheres, uma pauta que, mesmo ao longo do tempo, é muito atual. 

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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