Recentemente, o jornalista Breno Altman, fundador do portal Opera Mundi e filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), foi alvo de diversos processos civis e criminais por parte da Confederação Israelita do Brasil (Conib), organização criada em 1948 para defender os interesses sionistas no Brasil.
Depois de muito tempo, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos, órgão dotado de autonomia, mas vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos de Sílvio Almeida, escreveu uma nota oficial na qual critica as ações da Conib de censura contra o jornalista Breno Altman.
O texto afirma que a Conib tem o direito de argumentar contra as opiniões de Altman, mas que a tentativa de calar o jornalista por meio de processos cíveis e criminais configura um ataque à liberdade de expressão, valor fundamental em qualquer regime democrático.
No final do mês passado, a Conib também se manifestou contra José Genoíno, dirigente do Partido dos Trabalhadores, por defender um boicote a empresas de sionistas em solidariedade à causa palestina.
Isso mostra que os tentáculos do sionismo estão muito fortes no Brasil. Toda a grande imprensa brasileira defende os ataques que a entidade sionista realiza contra os defensores do povo palestino no País. O ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) mandou que fossem projetadas na cúpula do Senado bandeiras da entidade sionista, num claro gesto de apoio à matança executada pelos sionistas na Palestina. Juízes brasileiros de altas cortes do Judiciário (incluindo André Mendonça, indicado ao STF pelo ex-presidente Jair Bolsonaro) foram convidados para fazer uma viagem a “Israel” pela ONG sionista “Stand With Us Brasil” e pela Conib.
E quando o governo brasileiro decidiu apoiar a acusação de genocídio feita pela África do Sul contra “Israel” na Corte Internacional de Justiça (CIJ), se juntando a dezenas de nações que se posicionaram contra o genocídio, empresários, pesquisadores e artistas brasileiros publicaram uma carta repudiando a ação do governo brasileiro e se colocando em defesa do massacre de um povo pelo imperialismo. Esses empresários mostram que a burguesia nacional não vê nenhum problema em apoiar a matança em curso.
Porém, o Ministério dos Direitos Humanos, liderado por Sílvio Almeida, alegou estar sendo “pressionado” para defender Breno Altman. Esse ministro identitário não fez nada para denunciar o massacre dos palestinos perpetrado pelos sionistas. Massacre que já resultou no assassinato de mais de 36.000 palestinos na Faixa de Gaza contando com os 8.000 desaparecidos. Dentre estes, pelo menos 12.000 crianças e 8.000 mulheres.
O ministro dos Direitos Humanos acha que a nota oficial do Conselho Nacional dos Direitos Humanos, que defendeu um jornalista filiado ao PT e que denuncia a matança contra o povo palestino, é “pressão” contra ele. Uma demonstração de que o Ministério dos Direitos Humanos está agindo em defesa do sionismo e de seu genocídio.
É necessário pressionar o governo para que ele rompa com o setor identitário que está infiltrado no Executivo, que acha ofensivo um cidadão brasileiro se vestir de índio ou de mulher no Carnaval, mas que não se escandaliza com as dezenas de mortes de crianças que ocorrem todos os dias em Gaza. É preciso, também, que Lula rompa todas as relações com os sionistas e com o Estado de “Israel” em apoio à Palestina.
Vale lembrar que o mesmo Ministério dos Direitos Humanos nada faz no que diz respeito às vítimas de chacinas promovidas pelas polícias brasileiras. Inclusive, o governo quer embarcar numa política de “empoderar” a polícia para “combater o crime”. Política que, obviamente, resultará em mais mortes de trabalhadores pobres.
O jornalista Breno Altman fez o papel que Sílvio Almeida deveria ter feito, mas que sua política identitária pró-imperialista não permite que ele o faça: defender os direitos do povo palestino. Sílvio Almeida não gostou da nota oficial em defesa de Altman, feita pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos, por ser um cúmplice do sionismo e do imperialismo.
O ministro, por ocupar o Ministério dos Direitos Humanos, deveria ser a primeira pessoa a defender Altman dos ataques da Conib, organização que atua em defesa do sionismo, agindo contra o direito à livre-expressão do povo brasileiro.