Para incentivar os companheiros a publicarem poesia, resolvi divulgar meus poemas.
o brilho da água se recorta
no voo do inseto
o monge, ajoelhado, alucina…
esmeralda incrustada no olho de vidro
loucura dos fungos
nos night clubs em Nagasaki
pássaro feito de plástico
tão bonito, parece de verdade
– minha doce emoção –
se desgasta no excesso da palavra
o brilho da água
já não diz nada
soluça a água salgada do teu olho escuro
grita na garganta, resinosa
só me diz a água
vazante do teu olho
lágrima
neblina, produto da fumaça
zebra riscada com a brisa
o santo toca uma punheta e goza
sob o céu da Pérsia
no bico do Simorg
ela é minha de verdade