Neste sábado, dia 3, foi ao ar mais uma edição da Análise Política da Semana, apresentada por Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, transmitida direto do Acampamento de Férias do PCO, em que ministra um curso sobre o livro “Imperialismo: fase superior do capitalismo”, de Lenin, um dos muitos cursos que serão organizados pelo Partido em homenagem ao centenário da morte do principal dirigente da Revolução de 1917.
Já faz alguns meses que Rui Costa Pimenta começa todos os seus programas aos sábados discutindo a questão da liberdade de expressão e da censura. Desta vez não foi diferente. Seguem os ataques do sionismo, por meio da Conib, contra os setores da esquerda que denunciam o massacre indiscriminado pelas forças de ocupação “israelenses” contra os palestinos. Estamos falando (para além dos processos contra o PCO, que são vários) de Breno Altman e José Genoíno, ambos do PT.
Já procuram fazer Altman, que é judeu antissionista, se calar sob a acusação de “antissemitismo”. Genoíno, por outro lado, é vítima recente. Desde que o governo brasileiro endossou a iniciativa sul-africana de acusar Israel de genocídio na Corte Internacional de Justiça, os capachos sionistas em território nacional tem procurado pressionar ainda mais o governo na questão. Em resposta ao abaixo-assinado criminoso da burguesia nacional em favor do genocídio em Gaza, Genoíno disse que se deveria boicotar empresas de judeus, donde choveram acusações de antissemitismo. É evidente que não é o caso. A realidade é que, nos dias de hoje, o “antissemitismo” não é um problema real, mas sim uma tentativa de fazer calar os críticos ao regime fascista de “Israel”, que esmaga os palestinos há mais de setenta e cinco anos.
Mais importante do que a farsa do “antissemitismo” é o fato de que figuras importantes do PT têm, lentamente, passado a denunciar o genocídio em Gaza. O grande entrave ao desenvolvimento das manifestações pró-Palestina no País, a total ausência dos setores ligados ao PT, poderia ser naturalmente superado caso mantida a tendência. Não é à toa a escolha pela Conib dos alvos a serem atacados.
O tema seguinte, que dá nome ao programa desta semana, foi o pacote da destruição de Milei. A burguesia argentina, ainda que tenha rejeitado medidas pontuais aqui e acolá, aprovou um programa neoliberal que abre as portas para um regime político cada vez mais fechado. A esquerda capitulou. No entanto, enquanto os congressistas argentinos cometiam um crime contra seu povo, uma manifestação espontânea, pacífica, foi dispersada com extrema violência pela polícia. Se num primeiro momento (falamos das manifestações em dezembro e janeiro), a repressão foi mínima, o jogo mudou. Há de se perguntar quando a esquerda argentina chamará o governo de Milei pelo que de fato é: uma ditadura. Em complemento, Pimenta traçou um quadro geral, um tanto sombrio, da situação na América do Sul. A Argentina não é uma exceção.
O presidente do PCO tratou, então, de outro tema que povoa naturalmente a Análise Política da Semana: a questão palestina e o levante dos oprimidos no Oriente Médio. Enquanto os israelenses, apesar do criminoso genocídio que perpetuam, levam uma coça em Gaza, os seus mestres norte-americanos também sofreram um duro golpe do eixo da resistência. Um drone vindo do Iraque matou pelo menos três soldados e feriu outros trinta em uma base militar na Jordânia. Em resposta, os norte-americanos, que já haviam inciado, com o auxílio do imperialismo britânico, uma campanha de bombardeios contra o governo revolucionário iemenita, bombardearam posições na Síria e no Iraque. Enquanto a dominação imperialista na região mergulha na sua maior crise em mais de cinquenta anos, os esquerdistas do mundo todo assumem a posição vergonhosa do “nem nem”, afinal de contas o eixo da resistência é reacionário pela sua ideologia religiosa.
Finalmente, Rui Costa Pimenta falou do vergonhoso acordo da direção da CUT com a embaixada norte-americana para “defender os LGBTs”, acordo este assinado com o sangue de mais de quinze mil crianças palestinas. Como já denunciado há anos neste Diário, os identitários nada mais são do que capachos daquilo que há de mais reacionário no mundo, o imperialismo. Outra gafe foi o teatro grotesco durante a refiliação da golpista Marta no PT, um verdadeiro tapa na base do partido de Lula por parte da direção do partido, mais um de muitos (o pior no momento sendo o apoio incondicional ao PL da Censura, uma postura extremamente reacionária).
Para coroar o teatro de horrores nacional está a farsa toda em torno da ABIN. Mais uma vez Bolsonaro está sendo transformado numa espécie de Jesus Cristo para fazer perdoar todos os pecados do resto dos direitistas criminosos que dominam o regime político. O aspecto-chave da questão, no entanto, é evidentemente ignorado pela imprensa: o fato de que o Mossad e o imperialismo norte-americano foram peças-chave na operação criminosa (que não começou com Bolsonaro, ou deixou de acontecer durante os governos da “redemocratização”) de espionagem da população brasileira.
Convidamos todos os interessados a assistirem ao programa na íntegra, no canal da COTV: https://www.youtube.com/live/zUT6K6AgZq8?si=zPtbDwwLpTQ_SRHp
