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Palestina

RT entrevista sionista que evidencia nível de cinismo de ‘Israel’

RT entrevistou uma parlamentar de "Israel" e mostrou como a verdade pouco importa para os sionistas

Em dezembro, a RT entrevistou a canadense e parlamentar no Knesset (parlamento) israelense Sharren Haskel, do partido Unidade Nacional, considerado de centro ou centro direita. No entanto, em “Israel”, essas denominações indicam um posicionamento bem direitista por se tratar de uma ocupação militar, um regime fascista contra a população palestina que já habitava a região quando os sionistas tiveram sua ambição referendada pela ONU.

O artigo da RT aponta ainda que o líder do partido, o ex-chefe de gabinete do exército israelense Benny Gantz, já era bem cotado para suceder Netaniahu como primeiro-ministro. Naquele momento, a contagem de palestinos assassinados após 7 de outubro já superava os 17 mil.

Haskel afirma que a eliminação do Hamas tornaria a Faixa de Gaza “mais segura, não só para os israelenses, mas também para os palestinos“. Ela ainda diz cinicamente que os militantes do Hamas “usam e abusam constantemente da assistência humanitária que Israel presta“, mas mesmo assim “Israel continuará a prestar assistência“. Só se a parlamentar considerar mísseis e bombas como “assistência humanitária”, porque todos sabem que quem presta assistência social em Gaza é justamente o Hamas. Inclusive o Hamas surgiu como uma organização para este fim, porém acabou evoluindo para ter um braço armado na resistência palestina, para que seu povo não fosse assassinado com tanta facilidade.

Em seguida, foi questionada sobre a farsa criada para atacar o hospital al-Shifa. A ocupação israelense inventou que o hospital funcionava como base do Hamas, contando com cativeiros para prisioneiros israelenses e estoque de armamentos e munições. A RT questionou justamente sobre a falta de imagens mostrando evidências para embasar as acusações. Haskel repete mentiras já expostas como “temos muitas imagens mostrando bunkers e túneis sob o hospital Shifa”, “vimos que os combatentes de Nukhba trouxeram reféns para aquele complexo médico” e até “mostramos foguetes que foram disparados de lá”. Ou seja, o hospital seria uma verdadeira base militar disfarçada.

No entanto, os registros feitos pelo exército sionista mostram um hospital com sinais de destruição causadas por “Israel”. As armas e munições fotografadas lembram aquelas que a PM fabrica aqui no Brasil quando quer prender um punhado de pobres nas periferias. Um cenário incompatível com uma base militar de uma organização do tamanho do Hamas, que conta com dezenas de milhares de militantes.

A entrevista foi muito interessante justamente por confrontar um sionista a respeito de fatos que são de conhecimento público, mas que “Israel” segue fingindo que não existem. Sobre a matança de civis, naquele ponto em torno de 17 mil, a RT questiona: “não haveria melhor maneira de combater o terror do que bombardear toda a população, incluindo mulheres e crianças?”. Vale a pena registrar a resposta da sionista na íntegra, para ficar claro o nível de cinismo:

“Estamos fazendo tudo ao nosso alcance para evitar isso. Não há um único exército no mundo que está tentando evitar as mortes de civis tanto quanto nós estamos. É claro que isto torna o objetivo mais difícil e demoraremos mais tempo para alcançá-lo, mas eventualmente vamos alcançá-lo e, no processo de fazer isso, continuaremos nos esforçando para tentar evitar vítimas civis.”

Como bombardear massivamente áreas residenciais, amplamente povoadas, pode ser considerado “tentar evitar vítimas civis”? Um exército que tem instruções para atirar contra os próprios civis, no caso os israelenses, para que não sejam feitos prisioneiros, pode ser o exército que mais se esforça em evitar mortes de civis? Num regime que considera os palestinos como seres inferiores, que não merecem ter direitos democráticos, ou “direitos humanos”, como o imperialismo gosta de falar.

Haskel então contraria novamente a realidade objetiva e diz que o apoio a “Israel” não se abalou desde o início dos ataques em massa contra civis palestinos. Segundo ela, a ocupação tem apoio dos países que “compartilham os mesmos valores de liberdade e democracia que nós”. Em seguida, usa a carta do “antissemitismo” para explicar porque chovem críticas e condenações a “Israel”: “muitas pessoas preferem ver os israelenses ou o povo judeu mortos“, chora a sionista.

A parlamentar segue, então, contrariando as evidências e culpa o Hamas pela morte dos prisioneiros israelenses: “eles estão drogando nossos reféns, torturando-os, humilhando-os e matando-os”. Uma declaração que contrasta radicalmente com os relatos dos próprios prisioneiros libertos pela resistência palestina, que além de não apresentarem sinais de maus tratos, não informaram nada nesse sentido. Até por isso, “Israel” parou de deixar que a imprensa tivesse acesso aos prisioneiros assim que foram libertos, pois suas declarações contrariam a versão sionista sobre o comportamento dos militantes da resistência.

Fica claro que, para os sionistas, os fatos pouco importam. A ocupação israelense é uma ditadura sanguinolenta que nega direitos básicos para o povo da região e só se sustenta porque funciona como uma espécie de base militar para o imperialismo, especialmente o norte-americano, e como uma máquina de matar palestinos.

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