Nesta segunda-feira (25), atendendo ao chamado da resistência, milhares de palestinos marcharam pelas ruas do campo de refugiados de Nour Shams, na cidade Tulkarem, Cisjordânia ocupada.
O protesto, além de ser um repúdio ao genocídio que ocorre desde outubro de 2023 e que já assassinou mais de 40 mil palestino, 70% dos quais mulheres e crianças, é também uma resposta aos mais recentes crimes do sionismo: conforme vem sendo noticiado, na ocupação do Hospital de Al-Shifa, que já dura uma semana, as tropas israelenses estão estuprando mulheres palestinas e depois as assassinando.
Durante a manifestação, os palestinos revoltosos, muitos dos quais membros do Fatá, condenaram todos os líderes dos países árabes que não fazem absolutamente nada contra “Israel”. Ao mesmo tempo, exortaram a ação heroica da resistência palestina, especialmente o Hamas, as Brigadas Al-Qassam e seus líderes Iahia Sinouar e Maomé Deif:
“Que vergonha para aqueles que negligenciam!”
“De Tulkarem, uma saudação à nossa orgulhosa Gaza!”
“Os líderes árabes são bastardos!”
“As massas querem as Brigadas Al-Qassam!”
“Unidade, unidade, unidade nacional! Hamas e Fatá e [Frente] Popular!”
“Ó Qassam, ó amado; bombardeie e destrua ‘Tel Aviv’!
Ó Sinwar, ó amado; bombardear e destruir ‘Tel Aviv’!”
“Coloque a espada contra a espada! Aqui está o Fatá cantando para Deif!”
Mas não houve manifestações apenas na Cisjordânia. Ao lado, Amã, capital da Jordânia, milhares de manifestantes palestinos triunfaram sobre o aparato de repressão da reacionária monarquia do Rei Abdulá II, um serviçal do imperialismo norte-americano.
Em um segundo dia seguido de manifestações, os palestinos não se intimidaram pela repressão e prisões realizadas no dia anterior e saíram novamente às ruas:
Eis abaixo a tradução do canto entoado pelas massas:
“Toda a Jordânia é Hamas!”
“Todas as pessoas são Hamas! Deixe o mundo saber!”
“Em largura e comprimento, Hamas o tempo todo!”
“Avante, avante, ó Hamas!”
“Não fomos criados para viver na humilhação!”
Conforme anúncio feitos pelos grupos políticos que convocaram as manifestações, o objetivo delas era marchar em direção às embaixadas norte-americana e israelense, e realizar um cerco contra elas, repetindo o mesmo que havia sido feito no dia 24.
E de fato conseguiram:
Pelo terceiro dia consecutivo, as manifestações seguem aumentando e se intensificando em Amã, em protesto contra a criminosa ocupação do Hospital de Al-Shifa e os ataques das forças de ocupação e dos colonos israelenses à Mesquita de Al-Aqsa:
Nesta terça, dentre os cantos entoados pelos manifestantes:
“Eles disseram que Gaza vai se ajoelhar,
E eles querem dá-lo a Abbas.
Os criminosos e normalizadores deveriam ter vergonha,
Toda a Jordânia está com o Hamas!”
“Avante, avante, ó Hamas!
Você é o canhão e nós somos as balas!”
“ِAbu Obeida, atendemos ao seu chamado,
Toda a Jordânia está atrás de você!”
Manifestações também foram registradas em Bagdá, capital do Iraque. Conforme noticiado pelo canal do Telegram, Resistance News Network, os manifestantes entoavam as seguintes palavras:
“Não se curvem aos agressores! De Gaza veio a decisão: intifada e vitória! Bagdá acatou a decisão. Juramos que quebraremos o cerco! E derrote o exército agressor!”
Mais uma demonstração do quão revolucionária foi a Operação Dilúvio de Al-Aqsa, liderado pelo Hamas no dia 7 de outubro de 2023.
Ainda, conforme noticiado no portal Resistance, neste dia 26, uma enorme multidão se manifestou em Tânger, Marrocos, entoando os dizeres: “não reconheceremos ‘Israel’!” “Não há solução além da expulsão do ocupante!“.
Já no Egito, eles entoaram: “A libertação vem através dos rifles! A Palestina é árabe, apesar da vontade do sionismo! “Diga aos nossos camaradas em Amã que o Egito está acordado também!“, conforme noticiou o citado canal.
Não bastando, vale citar ainda a mobilização revolucionária do povo palestino que ocorreu em Majd Al-Krum. No último dia 23, uma grande marcha ocorreu na cidade para exigir o fim do genocídio em Gaza e da ocupação da Palestina. Veja, abaixo, vídeos e fotos da manifestação:
Cumpre informar que Majd Al-Krum é uma cidade árabe localizada na Galiléia, cerca de 16 quilômetros a leste de Acre. Em outras palavras, é localizada no Distrito Norte de “Israel“, uma demonstração de que a crise do Estado sionista é cada vez mais profunda e, dada a artificialidade da sociedade israelense, é questão de tempo até o triunfo da Revolução Palestina e o fim de “Israel” e do sionismo.