Segundo informações fornecidas pela brigada de Tulcarém das Brigadas al-Quds, o braço armado da Jiade Islâmica, seus combatentes enfrentaram soldados israelenses durante uma batida feita em várias áreas desde o amanhecer. Segundo a brigada, a resistência também montou várias emboscadas que atingiram com sucesso as forças da ocupação sionista.
De acordo com a emissora libanesa Al Jazeera, na Cisjordânia, a resistência está realizando operações consecutivas em várias regiões. Tais operações ocorrem em meio à ofensiva israelense contra cidades da Cisjordânia e os palestinos que lá vivem. A imprensa sionista também relatou uma explosão de bomba contra um trator de esteira D9 israelense no campo de refugiados de Balata, a leste de Nablus, na Cisjordânia ocupada.
O aumento das operações da resistência na Cisjordânia não é à toa, ocorre ao mesmo tempo em que a ocupação sionista se torna cada vez mais violenta, aumentando o número de batidas, despejos, demolições de casas e assassinatos na região. Um dos principais problemas na Cisjordânia, nesse sentido, é o sequestro de palestinos por parte das tropas nazistas de “Israel”.
Segundo a Comissão de Assuntos de Detentos e Ex-Detentos e a Sociedade dos Prisioneiros Palestinos (PPS, na sigla em inglês), o número total de palestinos sequestrados na Cisjordânia e em al-Quds (Jerusalém ocupada) desde 7 de outubro ultrapassa 8.100. O número inclui aqueles que foram detidos em suas casas, em postos de controle militares, aqueles que se renderam sob pressão e aqueles que foram feitos reféns.
Em um comunicado conjunto, as duas organizações indicaram que as forças de ocupação israelenses lançaram uma ampla campanha de prisões, visando pelo menos 15 palestinos da Cisjordânia ocupada do sábado (6) à noite até a manhã de domingo (7). Entre os sequestrados, estavam as ex-detentas Layan Nasser e Layan Kaid, estudantes de pós-graduação da Universidade Birzeit, além de uma criança e outros ex-detentos. As prisões ocorreram em al-Khalil, al-Quds, Ramala, Beit Lahm e Jenin.
De qualquer maneira, as forças de ocupação israelenses continuam realizando grandes batidas acompanhadas de espancamentos brutais, ameaças contra os detidos e suas famílias, tiros diretos com a intenção de matar, além de destruição generalizada e de casas palestinas.
Na semana passada, a Comissão de Assuntos de Detentos e Ex-Detentos, a PPS e a Associação de Apoio a Prisioneiros e Direitos Humanos com sede em Ramala, relataram que a ocupação israelense sequestrou 258 mulheres, incluindo mulheres dos territórios palestinos ocupados em 1948 e mulheres de Gaza detidas na Cisjordânia. Mais de 500 menores de idade também foram sequestrados ao longo do período mencionado.
As associações de detentos relataram que 64 jornalistas foram sequestrados, com 43 ainda na prisão e 23 sob detenção administrativa sem acusação ou julgamento. Foram emitidas 4.430 ordens de detenção administrativa contra palestinos, incluindo ordens novas e renovadas para crianças e mulheres.
Eles também explicaram que as atuais campanhas de sequestro são acompanhadas por um aumento de crimes e violações, incluindo tortura, espancamentos severos e ameaças contra detentos e seus familiares.
Com informações da Al Mayadeen