Na quarta-feira (4) estudantes da Universidade do Distrito Federal (UnDF) realizaram uma atividade de greve e foram intimidados pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que atendeu a um chamado da Prefeitura da UndF. A administração da universidade acusou os estudantes de depredação do patrimônio público. É uma diretoria que tende ao fascismo, assim como a da UERJ no Rio de Janeiro, que chamou a PM para atacar os estudantes.
A greve estudantil da UnDF foi aprovada no dia 24 de setembro, após duas assembleias, uma virtual e outra presencial. No entanto, a administração da universidade não reconhece o estado de greve e alega que os estudantes estão ameaçando servidores e cometendo desacato. Durante a intervenção policial, não houve confrontos, apenas intimidação.
A universidade, inaugurada em 2023, sofre com os cortes neoliberais da educação. Estudantes e professores relatam a falta de alimentação adequada, transporte insuficiente, e políticas de permanência estudantil ineficientes. Além disso, mais de 45% das vagas já estão desocupadas. Os estudantes tentaram negociar com a administração para solucionar esses problemas, mas não têm obtido respostas satisfatórias.
Além da greve estudantil, os professores da UnDF também realizaram paralisações, reivindicando melhorias em suas condições de trabalho, como progressão na carreira e maior participação nos processos decisórios da universidade. Eles também pedem a criação de Conselhos Superiores para deliberações democráticas. A administração, porém, manteve o calendário acadêmico, apesar da greve.
A nota mostra o fascismo da reitoria: “a Reitoria Pro Tempore da Universidade do Distrito Federal (UnDF) informa que acionou, na manhã do dia 2 de outubro, o 24º Batalhão da Polícia Militar, localizado a menos de 100 metros do Campus Norte da UnDF, como medida para garantir a segurança dos servidores da UnDF e de toda a comunidade acadêmica, bem como a integridade do patrimônio da universidade.
É preciso declarar apoio total a greve dos estudantes!
Fora a PM da UnDF!