As forças de resistência palestina estão convocando uma ampla mobilização internacional que será chamada de “Inundação do Ramadã”. O nome da grande operação em apoio à luta do povo palestino faz referência ao Ramadã, que é o nono mês do calendário lunar islâmico e um período sagrado marcado pela realização de jejuns e obras de caridade. Em 2024, o Ramadã terá início no dia 10 de março e terminará no dia 8 de abril.
Em um comunicado conjunto divulgado nessa segunda-feira (4), as forças de resistência anunciaram que o movimento será um ato de resistência contra a ocupação sionista. O objetivo é fazer da Inundação do Ramadã uma forma de pressão sobre “Israel” para pôr fim ao seu genocídio contra Gaza.
No comunicado, as forças salientaram ainda que a mobilização deve reforçar os boicotes contra a entidade sionista em todas as suas formas, desde a suspensão do fornecimento de quaisquer itens, pesando por greves e protestos em praças públicas, até a organização de comícios em todas as capitais e cidades.
A declaração também destacou os direitos do povo palestino à liberdade, à autodeterminação, ao regresso às suas terras e ao estabelecimento do seu próprio Estado independente, com Jerusalém como capital.
“Que o Ramadã seja o mês da mobilização e do aumento da resistência”, declarou o porta-voz das Brigadas al-Quds, o braço militar da Jiade Islâmica. “Que o Ramadã seja um mês de terror e pânico para a entidade sionista”.
Na 35ª Conferência Nacional do Partido da Causa Operária (PCO), o presidente nacional da organização trotskista, Rui Costa Pimenta, defendeu que o povo brasileiro se integrasse ao chamado das forças de resistência. No evento, foi decidido que, durante o Ramadã, o PCO intensificará ainda mais a sua campanha em defesa da Palestina.
“Estaremos todos os dias nas ruas panfletando, distribuindo nossos materiais, denunciando os crimes de ‘Israel’ em nossa imprensa e fazendo uma série de atividades especiais”, nos contou um participante da Conferência. Além disso, entre as atividades previstas neste período, está um domingo cultural em homenagem ao povo palestino.
Essa intensificação das atividades já havia sido anunciada pelo Partido da Causa Operária no final de janeiro. Naquele momento, o PCO já havia destacado a necessidade de levar adiante uma contraofensiva contra o sionismo, que deveria ter início em março – justamente o período do Ramadã.
A contraofensiva, por um lado, se apoia na tendência crescente à mobilização contra os crimes de “Israel”, que estão levando a uma crise até mesmo no interior do regime norte-americano. Por outro, é uma necessidade diante da ofensiva do sionismo, do imperialismo e do bolsonarismo no Brasil.
Nos últimos dias, por exemplo, a Justiça ordenou que o vídeo em que José Genoíno, ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), propõe um boicote às empresas que fornecem apoio a “Israel” fosse retirado do ar. Essa, no entanto, é apenas uma das muitas ações movidas contra os apoiadores da causa palestina, que estão sendo perseguidos por organizações como a Confederação Israelita do Brasil (Conib). Até mesmo o presidente Lula vem sendo pressionado pelos agentes do sionismo.
A única forma de frear essa ofensiva do sionismo é por meio de uma mobilização no sentido oposto. Por isso, a importância de uma grande mobilização durante o Ramadã ao lado do povo palestino e do povo árabe como um todo.
Palestina livre!
Pelo fim do Estado de “Israel”!
