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Editorial

Quem controla o Itamaraty?

Crise entre Ministério das Relações Exteriores do Brasil e governo venezuelano suscita dúvidas sobre o poder real de Lula sobre seus ministros

Nessa terça-feira (26), o governo venezuelano de Nicolás Maduro criticou duramente uma nota do Ministério das Relações Exteriores sobre o processo eleitoral no país latino-americano. O governo venezuelano disse repudiar a declaração brasileira, que chamou de “cinzenta e intrometida, redigida por funcionários do Itamaraty, que parece ter sido ditada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, onde são emitidos comentários carregados de profunda ignorância e ignorância sobre a realidade política na Venezuela”.

A nota do governo brasileiro, por sua vez, afirmava que, “esgotado o prazo de registro de candidaturas para as eleições presidenciais venezuelanas, na noite de ontem, 25/3, o governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral naquele país”. Em outras palavras, sem qualquer investigação ou sem mesmo entrar em contato com a Venezuela para obter explicações, o Itamaraty resolveu publicamente levantar suspeitas sobre as eleições no país vizinho. Um país que, como é largamente conhecido, tem boas relações com o Brasil e com os movimentos sociais brasileiros, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), e que vive sob intenso conflito com o imperialismo norte-americano.

Em sua resposta ao Itamaraty, a Venezuela, inclusive, destacou que “tem mantido uma conduta fiel aos princípios que regem a diplomacia e as relações amistosas com o Brasil” e que “em nenhuma hipótese emite, nem emitirá juízos de valor sobre os processos políticos e judiciais que ocorrem naquele país”. A Venezuela também disse ser “surpreendente que o Itamaraty não pareça preocupado com as tentativas de assassinato e desestabilização que foram desmanteladas nas últimas semanas, incluindo a tentativa de ontem, quando um extremista da organização Vente Venezuela foi detido com armas pronto para atentar contra a vida do presidente Nicolás Maduro”.

Ainda que o objetivo da nota do Itamaraty tenha sido o de desmoralizar o governo venezuelano, a resposta de Maduro não visa combater o governo brasileiro. Pelo contrário: serve, antes de tudo, para alertá-lo da ação do imperialismo na América do Sul.

Ao dizer que a nota do Ministério brasileiro parece ter sido ditada pelos Estados Unidos, a Venezuela está denunciando a infiltração do imperialismo no regime brasileiro. Essa infiltração já havia ficado mais que comprovada com a pressão do sionismo contra o movimento de apoio à Palestina. Entidades como a Confederação Israelita do Brasil (Conib) se reuniram com a Polícia Federal, que, por sua vez, deflagrou uma operação encomendada pelos serviços de inteligência norte-americanos. Ao mesmo tempo, juízes, desembargadores e governadores já foram convidados para visitar Telavive.

A nota contra a Venezuela é mais uma demonstração de como o governo está pressionado, o que, por sua vez, explica a sua paralisia. Será impossível, por exemplo, utilizar a Petrobrás para desenvolver o País se o regime como um todo estiver infiltrado por serviçais dos grandes monopólios internacionais.

Se Lula não quiser ver seu governo fracassar, terá de travar uma luta aberta contra os elementos que respondem a Washington e Telavive. É preciso denunciar a sabotagem estrangeira e mobilizar a população contra aqueles que agem no sentido de entregar o País para os banqueiros e especuladores.

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