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Expedito Mendonça

Militante trotskista há 40 anos, fundador e atual diretor do Sindsep-DF. Formado em História pela UniCEUB, membro da comissão de redação do Jornal Causa Operária e colunista do Diário Causa Operária.

Coluna

Quando o cinismo vai além de todos os limites

Os que alimentam o terror israelense contra o povo palestino pedem aos criminosos que sejam mais parcimoniosos no massacre

Em uma recente entrevista a um programa de TV norte-americana, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reconheceu (em um raro e incomum momento de sinceridade) que “Israel matou mais civis do que terroristas com a sua incursão na Faixa de Gaza”, afirmando ainda que “Israel” tem sido “inconsistente, ineficaz e inadequado” nos seus esforços para reduzir os danos civis em Gaza. Aqui se vê, mais uma vez, que não há qualquer limite para o cinismo e a desfaçatez dessa gente, vale dizer, do imperialismo mundial, em particular dos homens da Casa Branca.

O País que, há décadas, fornece bombas e todos os demais tipos de armamentos – os mais sofisticados e letais – aos sionistas para que esses massacrem a população civil indefesa, finge exigir dos criminosos que sejam “prudentes e cuidadosos” em suas ações genocidas. Os nazistas aparecem na história como aprendizes, perto desses grandes “emissários do humanismo”. 

No entanto, os equipamentos militares fornecidos pelos EUA ao Estado criminoso de “Israel”, não somente atacam e matam a população civil. No último dia 13, o Ministério da Saúde em Gaza afirmou que 500 profissionais médicos e 138 enfermeiros foram mortos pela ocupação israelense desde o início do massacre, em outubro de 2023. Os palestinos relataram que os médicos, ao saírem dos hospitais, precisavam retirar os seus jalecos, pois eram visados de forma desproporcional em relação à população em geral.

Trata-se de uma política deliberadamente genocida, que tem como um dos objetivos a destruição total do sistema de saúde de Gaza, impossibilitando, assim, os cuidados médicos com a população ferida nos ataques, além, obviamente, de impedir o funcionamento, de um modo geral, dos hospitais e outras unidades de saúde. 

São inúmeras as atrocidades que os militares israelenses cometem contra os palestinos, não de agora, depois da espetacular ação bem sucedida do Hamas no dia 7 de outubro passado, mas desde sempre. Uma das mais hediondas diz respeito ao tratamento dispensado aos “prisioneiros” palestinos. Na verdade, trata-se de pessoas sequestradas e levadas para os presídios de “Israel”, pois muitas, senão a maioria, estão ali sem terem cometido qualquer crime, qualquer ação dita “terrorista”, e assim permanecem por anos, sem acusação formal e/ou julgamento. 

Denunciantes israelenses, em relato a um órgão de imprensa norte-americano, revelaram que presos palestinos foram algemados por tanto tempo que muitos morreram ou tiveram que ser amputados. O grupo ainda detalhou uma série de outros abusos contra prisioneiros mantidos por Israel na base militar de Sde Teiman.

Foi nos dito que não podiam se mover. Eles devem permanecer sentados. Não podem falar. Não podem olhar sob a venda nos olhos”, disse um dos denunciantes. 

Resta alguma dúvida sobre o caráter criminoso do Estado sionista e, mais ainda, também daqueles que alimentam essa monstruosa máquina de guerra militar?

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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