Durante todo o ano de 2022 e 2023, a busca por aglutinar forças políticas necessárias para o estabelecer uma relativa estabilidade política institucional foi o grande mote dos articuladores políticos do atual governo de frente ampla.
Em nome dessa situação política, foram feitas diversas concessões e capitulações para a direita neoliberal, inclusive abrindo mão de princípios políticos caros e históricos para o conjunto da esquerda, como nos casos dos direitos democráticos da população.
Essa situação, em uma dada medida, poderia ser até compreensível para que a esquerda e o governo conseguissem deixar minimamente a máquina pública ajustada para implementar parte do programa do governo.
O governo até que conseguiu retomar os programas sociais e recriar instituições que haviam sido extintas. Mas atualmente, com o governo cercado pelo judiciário nos ataques aos direitos políticos e o congresso com relação ao orçamento federal, esse posicionamento começa a dar sinais de que está colapsando.
Na abertura do ano parlamentar, o presidente da Câmara dos Deputados Federais, Arthur Lira (PP-AL), fez duro discurso em tom de ameaça ao governo. As chantagens estão longe de terminar, porque políticos do tipo de Arthur Lira e dos que estão entranhados no regime político do burguês, tem como prática rotineira a constante e sistemática extorsão contra todos que se encontram em uma posição de vulnerabilidade frente a eles.