Na segunda-feira (15), o primeiro-ministro do Iraque, Mohamed Shia al-Sudani, se encontrou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o Secretário de Defesa, Lloyd Austin. O principal tópico de discussão é a ocupação militar dos EUA no Iraque, que viola a legislação do país desde 2020.
Sudani e Biden “confirmaram que revisarão vários fatores para determinar quando e como a missão da coalizão internacional no Iraque terminará e avançar de maneira ordenada em direção a parcerias de segurança bilaterais permanentes, conforme a constituição iraquiana e o acordo estratégico entre os Estados Unidos e o Iraque”, segundo um comunicado da Casa Branca.
Biden afirmou: “a parceria entre o Iraque e os Estados Unidos é fundamental. Vimos ao longo da última década como nossas tropas serviram lado a lado para derrotar o ISIS. E também vimos isso em nosso acordo estratégico”.
Sudani por sua vez, colocou a posição do Iraque: “sob o espírito de parceria, nossas opiniões podem ser divergentes sobre o que está acontecendo na região. Mas estamos certos do direito internacional, do direito humanitário internacional e da responsabilidade de proteger sob a lei da guerra, e rejeitamos qualquer agressão contra civis, especialmente mulheres e crianças”.
Cerca de 2.500 tropas dos EUA permanecem no Iraque, desafiando uma determinação do Parlamento de 2020 que retira a permissão para os EUA operarem em solo iraquiano. O voto foi uma resposta ao assassinato pelos EUA do general Qassem Soleimani e do líder das Forças de Mobilização Popular Abu Mahdi al-Muhandis, em Bagdá, capital do Iraque.