O conflito é um fenômeno natural, a coexistência é dada, e a convivência é construída.
Coexistimos, do ponto de vista evolutivo, com outras espécies nesta biosfera, composta por ecossistemas variados. Impera no terreno biológico as relações harmônicas e as relações desarmônicas.
Fundaram as ciências, e dentre elas a ecologia, que explica que há comensalismo, predatismo, mutualismo, parasitismo, enfim, há conflito, há disputa, principalmente por espaço, alimento.
Aqui no Brasil o clima parece ser de polarização, metade do eleitorado desejou a mudança após um governo chamado autoritário e ultra direitista, e a outra metade escolheu a volta da “Esquerda” ao poder. No entanto, vivemos um clima de intensa polarização partidária. Uma fatia de povo está fragmentado e solto, vasculhando as lixeiras para se alimentar, isso é uma constatação, que já vi ocorrer, diversas vezes. Principalmente na zona sul do Rio de Janeiro.
E a Escola como anda em meio da polarização?
Todo professor precisa ter clareza do seu papel em sala de aula como um agente de transformação social, alguém que pode ajudar as pessoas a se transformarem e a transformarem o meio em que vivem. Mas precisa compreender, principalmente, o verdadeiro sentido de ensinar e aprender diante de toda a complexidade que existe neste processo.
O processo educacional é permanente, contínuo e contíguo, e do ponto de vista da degustação: é a “picanha” necessária ao holismo. Cada ser vivo e humano necessita do conhecimento, e, no entanto, o depoimento a seguir, de um professor do Estado do Rio de Janeiro nos remete à fome: “professor trabalha preocupado com a luz que está atrasada, preocupado com o exame de saúde que tem que fazer e não tem plano de saúde, não tem dinheiro pra passagem da semana que vem, se o gás está acabando… enfia trabalho no professor para não ter tempo de pensar“.
E como já não bastasse tudo isto, anteontem soltaram uma portaria oriunda da Secretaria Estadual de Educação do RJ, colocando o professor no paredão para extinguir sua liberdade de cátedra: O diretor, ou o que o valha, irá vigiar suas aulas, num eterno VIGIAR E PUNIR de intensa humilhação.
Meus caros leitores, eu pergunto ATÉ ONDE IRÁ ESTE MASSACRE? Que estão realizando contra os docentes fluminenses neste país…
O parlamento não resolve e não resolverá estes vitupérios que vêm arrebentando a classe operária de professores oprimidos.
Oxalá, que o honrado e corajoso PCO possa sempre dar voz aos espirituosos revolucionários do jornalismo e de outros campos sociais, com o objetivo de alavancar MUDANÇAS substanciais na área da Educação, e desde já me coloco à disposição para está luta, tanto na área do jornalismo, como na área da docência. Que a bandeira da justiça social seja a esperança do povo brasileiro!