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HISTÓRIA DA PALESTINA

Poder Judeu: o partido do nazista Ben Gvir

Trata-se de um dos partidos que impulsionam os colonos fascistas na Cisjordânia, as provocações contra a Mesquita de al-Aqsa e a continuidade do genocídio em Gaza

Na última quinta-feira (29), as forças de ocupação sionistas abriram fogo contra palestinos que esperavam em uma fila por farinha. Os que não foram mortos pelos tiros, morreram atropelados por tanques israelenses. Total de mortos: 114 palestinos. Feridos: mais de 760. Ben Gvir, ministro da Segurança Nacional de “Israel”, defendeu o que ficou conhecido como Massacre da Farinha, dizendo que foi uma excelente atuação das forças de ocupação. Ainda, se posicionou contrário ao envio de ajuda humanitária.

O ministro da polícia também vem exigindo que sejam impostas restrições ao acesso dos muçulmanos à Mesquita de Al-Aqsa durante o Ramadã. As exigências foram reiteradas neste domingo (3) a Kobi Shabtai, seu comissário de polícia.

Por suas posições, pode-se constatar que Ben Gvir é notoriamente fascista. É um membro dos setores mais fascistas da política israelense, ainda mais que Benjamin Netaniahu e seu partido, o Likud.

Gvir é membro e fundador do partido Otzma Yehudit, que, na tradução, significa Poder Judeu. Um nome mais fascista impossível. Se fosse “Poder Ariano”, ninguém teria dúvida em dizer que se trata de um partido fascista.

O Poder Judeu foi fundado por Ben Gvir em 13 de novembro de 2012, sendo considerado o herdeiro ideológico do Partido Kach, um partido abertamente fascista, cuja ideologia era o sionismo religioso da vertente Kahanista, isto é, aquele ensinado pelo rabino Meir Kahane, notório fascista israelense e fundador do Kach.

O nível de extremismo do Kach era tamanho que o partido foi considerado um grupo terrorista inclusive pelo Estado de “Israel”, este próprio um Estado terrorista contra os palestinos.

Isto se deu em 1994, quando o partido apoiou Baruch Goldstein e o massacre que cometeu contra 50 palestinos (ferindo mais 250) na Caverna dos Patriarcas ou Santuário de Abraão. Releia matéria publicada neste Diário:

O massacre de Hebron

Ben Gvir, líder do Poder Judeu, uma pessoa notoriamente racista contra os palestinos, árabes e muçulmanos em geral, é um idólatra de Goldstein, de forma que costumava ter um retrato do próprio em sua sala de estar.

Assim, sendo um herdeiro ideológico do Kahanismo, o Poder Judeu adota um programa político ultranacionalista. Tratando-se de “Israel”, esse ultranacionalismo não é algo progressista, mas um aumento da opressão sobre os palestinos, incluindo o progressivo avanço sobre suas terras. Nesse sentido, o partido defende a solução de um Estado. No caso, que o Estado de “Israel” seja erguido sobre toda a Palestina, anexando a Cisjordânia e exercendo seu domínio sobre todas as terras dos palestinos, do Rio Jordão ao Mar Mediterrâneo.

Consequentemente, o Poder Judeu é contra a formação de um Estado Palestino; é favor do fim dos Acordos de Oslo (mesmo estes, que foram uma capitulação da OLP e do Fatá perante “Israel”) e, não bastando, quer impor o domínio sionista sobre toda Jerusalém, inclusive sobre a Mesquita de al-Aqsa, para então demoli-la. Não é coincidência, então, que durante os anos de sua atividade política, especialmente desde que passou a fazer parte do governo Netaniahu, Ben Gvir fez várias visitas provocativas à mesquita.

Naturalmente, o partido tem uma ideologia de supremacismo judeu, mostrando que o sionismo é ainda mais fascista e restritivo que o supremacismo ariano dos nazistas.

Em suma, o Poder Judeu defende que a Nakba, isto é, a limpeza étnica da Palestina que começou em 1920 e aprofundou-se em 1948, seja finalizada, com a expulsão ou mesmo o extermínio dos palestinos.

Tendo em vista que o povo palestino é um povo árabe e que também recebe apoio das massas de todos os países árabes, o Poder Judeu também tem uma ideologia anti-árabe.

Em sua atividade prática para exterminar os palestinos e concretizar a Nakba, o Poder Judeu e seu fundador, Ben Gvir, estão entre os principais setores do governo Netaniahu responsáveis por dar continuidade e aumentar a intensidade dos bombardeios genocidas contra Gaza, e também às invasões terrestres das forças de ocupação.

Não que Netaniahu e o Likud não sejam fascistas. Apenas que são relativamente mais moderados que Ben Gvir e o Poder Judeu, e outros setores da extrema extrema direita sionista, presentes no parlamento e no governo.

O Poder Judeu, junto dos outros partidos e organizações do sionismo religioso, também impulsiona os colonos sionistas a agirem contra os palestinos. Nos últimos meses, esses vários grupos de colonos armados vêm impedindo a entrada de ajuda humanitária em Gaza, enquanto crianças palestinas morrem de fome.

Na Cisjordânia, a atividade dessas milícias fascistas é ainda mais intensa. É através dos colonos que “Israel” realiza sua expansão sobre as terras palestinas. Conforme explicado por Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, em programa no canal Arte da Guerra, essa expansão territorial é feita de forma a fragmentar o território da Cisjordânia em vários bolsões, como se fosse uma teia de aranha, dificultando a ação coordenada de uma resistência do povo palestino.

Os colonos invadem as terras rurais dos palestinos, destruindo suas plantações de oliveiras, roubando suas propriedades, agredindo-os e suas mulheres e familiares. Isto quando não os assassinam. O mesmo é feito nas áreas urbanas.

Desde o 7 de outubro, mais de 420 palestinos foram assassinados na Cisjordânia, dos quais 110 crianças.

O Poder Judeu é um dos partidos impulsionando essa política fascista. Afinal, além de seu fundador ser o ministro da polícia, o partido possui seis assentos no Knesset (parlamento israelense).

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