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São Paulo

Esquadrão da morte: PMs dispararam 188 tiros contra três pessoas

No último sábado (30/03), a Polícia Militar (PM) de Tarcísio de Freitas realizou uma ação em Santos na qual 8 policiais dispararam 188 tiros contra 3 pessoas.

No último sábado (30/03), a Polícia Militar (PM) de Tarcísio de Freitas realizou uma ação em Santos na qual 8 policiais dispararam 188 tiros contra 3 pessoas.

Esta ação fazia parte da Operação Escudo – codinome dado pela polícia fascista do Tarcísio à Chacina da Baixada Santista. O ataque ocorreu no bairro Vila Progresso, mais especificamente no Morro Nova Cintra. Segundo relato da própria polícia, PMs estavam realizando uma operação contra a “criminalidade” no bairro quando foram recebidos por tiros de pistola e fuzil nos arredores das torres de energia.

O policial que realizou o maior número de disparos atirou 34 vezes, os outros 7 atiraram 28, 25, 23, 23, 21, 19 e 15 tiros, em ordem decrescente. Isto demonstra que o assassinato e a chacina são ordenados. 8 policiais não atirariam tantas vezes contra apenas 3 suspeitos se esta tática não fosse coordenada e ordenada. A truculência policial é uma tática, o assassinato é seu método.

A morte de milhares de brasileiros todos os anos é planejada e prontamente entregue pelos cachorros da burguesia brasileira. As mais de 6.000 pessoas mortas todos os anos são objetivo destes carniceiros, ledo engano dos que acreditam em erros ou acidentes.

A menos de um mês antes, no dia 05 de março, a PM paulista realizou uma operação similar. Na qual 41 disparos de fuzil foram realizados contra traficantes no Guarujá. O delegado titular da Delegacia Sede de Guarujá declarou que os policiais foram recebidos a tiros durante a operação e “tiveram que reagir para repelir essa injusta agressão” – ressalta-se que estes 41 tiros repeliram a injusta agressão feita pela população, que em 34 dias já havia assistido à morte de 39 pessoas pelas mãos da polícia. Quanto ao número de disparos, o delegado relata que “é o momento e acreditamos que foi necessário”. Até o momento a PM e a Secretaria de Segurança Pública do Estado não se pronunciaram sobre os 188 tiros disparados neste sábado (30/03).

Para a sorte da população do litoral paulista, parece que a polícia é tão incompetente quanto assassina. Em ambos os casos nenhum suspeito foi atingindo ou ferido, segundo as informações da própria polícia. Contudo, por mais incompetente que a PM de Tarcísio seja, ela ainda se comporta como um animal raivoso, por bestial que seja ainda é mortal. Neste caso contamos com balas perdidas, perderam seus alvos, porém não por acidente, mas por incapacidade. Balas perdidas da polícia não matam pessoas em suas casas, não matam pais dentro de um carro, não matam crianças segurando guarda-chuvas. Estas balas infelizmente acertaram seus alvos. Balas perdidas são como as das ações do dia 5 e 30 de março, as quais não atingiram um pobre.

56 pessoas foram assassinadas durante a Operação Escudo desde 2 de fevereiro. O último executado foi o jovem de 22 anos, Cesar Augusto de Jesus Santos. Cesar sofreu 4 disparos de fuzis e 4 disparos de outra arma não identificada, demonstrando mais uma vez a tática animalesca da Polícia Militar de São Paulo. Coincidentemente, a PM alega que as câmeras corporais dos policiais estavam “descarregadas” durante a execução de Cesar. Entretanto, segundo relato obtido pelo G1 todos os policiais recebem as câmeras carregadas no início do expediente com baterias que duram 12 horas.

Por fim, para alavancar ainda mais a sanguinolência da PM, funcionários do SAMU e de um hospital em Santos revelaram que vítimas da PM da Operação Escudo já estavam mortas quando foram levadas às unidades de saúde. O velho lema “atirar primeiro e perguntar depois” já pode ser substituído por “matar primeiro e esconder depois”.

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