Na tarde da última terça-feira (4), um policial militar de São Paulo, durante abordagem, imobilizou um pipoqueiro de 42 anos com um mata-leão. O caso, que ocorreu na rua Vilela, no Tatuapé, zona leste da capital paulista, foi registrado em vídeo por pessoas que o presenciaram:
Segundo a PM, seus policiais queriam roubar o carrinho do pipoqueiro por não ter uma licença adequada. Diante disso, o homem teria reagido à abordagem para tentar impedir que seu ganha-pão fosse confiscado pelos agentes da corporação.
Então, um dos policiais começou a enforcar o pipoqueiro, fazendo-o desmaiar, urinar e convulsionar. Mesmo apresentando espasmos, o policial continuou sufocando o homem, mantendo seu joelho na região entre o peito e o abdômen da vítima.
Ao mesmo tempo, para completar a atuação fascista dos agentes que realizaram a abordagem, outro policial começou a jogar spray de pimenta naqueles que estavam gravando o episódio e que estavam denunciando que o policial mataria o pipoqueiro.
Questionada sobre o caso, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) forneceu uma reposta genérica:
“As circunstâncias do ocorrido são apuradas pelas polícias Civil e Militar. Na tarde desta terça-feira (4), policiais militares realizaram a abordagem a um homem, de 42 anos, que relatou não ter autorização da prefeitura para trabalhar como ambulante.”
Depois do acontecimento, o pipoqueiro foi entrevistado pelo programa Balanço Geral, da TV Record, onde afirmou que:
“O jeito que eles vêm abordar a gente, um trabalhador de rua, não pode ser desse jeito. A única coisa é que eu fiquei segurando a minha força de trabalho. Só foi isso. Por que passar por isso? Sendo que você está trabalhando? […] Eu apaguei, urinei, não me lembro de nada. [É] Humilhante, todo mundo vê. Não é desse jeito que abordam, por mais irregular que esteja o trabalho, não pode ser desse jeito. A polícia precisa ser bem preparada.”