Tendo recebido com muito atraso os recursos do fundo eleitoral, o Partido da Causa Operária (PCO) tem intensificado suas atividades presenciais para furar o bloqueio ao partido imposto pela burocracia judicial e levar sua mensagem diretamente à população. No dia 29 de setembro, militantes do PCO distribuíram mais de 18 mil panfletos ao longo da Avenida Paulista, em São Paulo. No mesmo dia, um grupo menor atuou no Brás, também na capital paulista, das 6h às 9h25, distribuindo seis mil panfletos enquanto na capital do estado vizinho, o Rio de Janeiro, o bairro de São Cristóvão teve mil panfletos distribuídos, também no domingo.
No dia 30 de setembro, a agitação continuou com força total em várias cidades do país. Em Recife, no bairro do Alto de Santa Isabel, três militantes estiveram em campo, distribuindo quatro mil panfletos. Já na Estação Butantã do Metrô, em São Paulo, dois militantes atuaram das 6h30 às 9h, distribuindo mil panfletos. No mesmo horário, outros militantes estavam na Estação Barra Funda, onde distribuíram 4.200 panfletos. O Parque Dom Pedro II, também na capital paulista, viu dois militantes entregarem três mil panfletos entre 6h e 9h.
O ritmo intenso se manteve na Estação da Luz, em São Paulo, com mais 3.700 panfletos distribuídos por dois militantes no mesmo período da manhã. Enquanto isso, em Piracicaba, no Bairro Maria Claudia, uma militante e três simpatizantes entregaram quatro mil panfletos entre 7h e 11h. No Paraná, um militante sozinho distribuiu 800 panfletos na feira livre de Paranavaí entre 7h e 11h. E em Lages, Santa Catarina, outros três militantes entregaram 800 panfletos no Parque Jonas Ramos e no Terminal Urbano das 15h às 19h.
Ao todo, foram 11 atividades realizadas em várias cidades de São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina, somando cerca de 50 mil panfletos distribuídos em apenas dois dias. Segundo Francisco Muniz, dirigente do partido e candidato a vice-prefeito, a campanha evidencia um fato incontroverso: o partido já é o maior da chamada “extrema esquerda” no País. Diz Muniz:
“O PCO está mais uma vez demonstrando seu crescimento e mostrando por que ele já é o maior partido da extrema esquerda no Brasil em vários aspectos. Já tendo impresso mais de um milhão de panfletos e rapidamente, chegando a esse número de panfletos distribuídos no país inteiro, estamos conseguindo abarcar e envolver várias pessoas, centenas de pessoas, até milhares de pessoas na nossa campanha. Se você está em São Paulo, se você está em alguma das cidades em que o PCO tem candidatos, você já deve ter visto um panfleto do Partido da Causa Operária. Nessa última semana, foram distribuídos centenas de milhares por dia em diversos locais. Se você gostaria de participar, te convidamos a fazer parte, a distribuir um panfleto. Trata-se da campanha do Partido Revolucionário, do partido que luta pela classe operária, pelos interesses dos povos indígenas, que luta contra o imperialismo e que mais defendeu a Palestina. É uma campanha que serve para divulgar e fazer com que cada vez mais pessoas conheçam o PCO, que já é uma realidade. Então, participe você também da campanha do Partido da Causa Operária, das panfletagens e de tudo mais.”
Esse esforço de mobilização tem sido necessário, principalmente, para combater as barreiras impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que, em uma clara tentativa de prejudicar o partido, atrasou deliberadamente a liberação dos recursos do fundo eleitoral a que o PCO tem direito por lei. A concessão do recurso foi protelada até o limite, prejudicando diretamente o planejamento e a execução da campanha. Isso demonstra como as instituições, que se dizem defensoras das regras do jogo político, atuam para impedir que partidos independentes como o partido trotskista realize sua campanha.
Apesar dessas adversidades, a agremiação não se deixou abater. Com a força de sua militância e a mobilização de simpatizantes, foi possível colocar a máquina de agitação política do partido nas ruas de todo o País. A distribuição de panfletos em larga escala tem permitido recuperar o tempo de campanha roubado e com isso, garantir a divulgação do programa do PCO.
Aqueles que se indignam com as arbitrariedades do TSE e com a censura imposta pelo Estado contra o Partido e outras forças da esquerda revolucionária estão convidados a se somar à campanha. Mais do que um chamado à participação, é um convite à luta contra a censura, contra a ditadura judicial e pelo fortalecimento de um partido que, mesmo diante de ataques, se mantém de pé e combativo, pronto para dar continuidade à luta pela libertação dos oprimidos e pelo enfrentamento ao imperialismo.