Quando se inicia uma guerra, a primeira que morre é a verdade. No caso da ocupação sionista na Palestina há mais de um século, a tentativa de assassinato da verdade e a implantação de uma realidade paralela tinha funcionado até certa medida. Após o Dilúvio de al Aqsa, operação lançada pelo Hamas em 7 de outubro, apesar de todo o esforço dos serviços de inteligência de “Israel” junto ao imperialismo esconder, o que acontece na Palestina tem sido em vão.
Mesmo que não estejam conseguindo falsificar e manipular de uma forma muito decisiva o extermínio que está em marcha pelos nazissionistas contra os palestinos devido à internet e as redes sociais, o trabalho desses criminosos inimigos da verdade será sempre tentar sufocar ou calar aqueles que estão mostrando claramente as barbaridades dos soldados israelenses contra crianças, mulheres e civis na Faixa de Gaza.
Um jornal que tem feito um serviço bastante competente sobre genocídio na Faixa de Gaza, o Al Mayadeen tem sofrido diversos ataques diretos e indiretos tanto dos israelenses quanto do imperialismo. No dia 21 de novembro de 2023, o correspondente de Al Mayadeen, Farah Omar, e o cinegrafista Rabih Me’mari foram assassinados cedo em um ataque aéreo israelense em Tair Harfa, sul do Líbano.
“Um avião de guerra israelense disparou dois foguetes contra a localização de Farah e Rabih. Farah e Rabih tinham acabado de encerrar uma transmissão ao vivo às 10h, dando atualizações sobre o último bombardeio israelense no sul do Líbano. Ela e seus colegas foram alvos logo depois de encerrarem a cobertura e saírem do ar.” Informou o Al Mayadeen no dia.
Está claro que estamos falando de um assassinato deliberado, não foi por acaso, foi diretamente intencional. O curioso e que inclusive caberia uma investigação é que o crime contra os enviados do Al Mayadeen aconteceu logo após o gabinete de guerra de “Israel” no dia 13 de novembro proibir e encerrar o jornal de cobrir o conflito em “Israel” e na Faixa de Gaza.
Comentando esta questão, o Presidente do Conselho de Administração da Al Mayadeen Media Network, Ghassan Ben Jeddou, durante uma entrevista à Rádio Al-Nour, confirmou que a decisão de “Israel” de banir a Al Mayadeen “não foi uma decisão técnica. Foi nem mesmo uma decisão política, na verdade, foi uma decisão militar relacionada com a segurança nacional de Israel”.
“Pela primeira vez na história, o gabinete de guerra, encarregado pelos Estados Unidos de tomar as decisões mais importantes durante esta guerra, reuniu-se para discutir a Rede Al Mayadeen como um tema da sua pauta”, explicou.
Seguindo a linha de “Israel” na tentativa de censura e cerceamento da liberdade de expressão, o Secretariado do Parlamento Europeu removeu 14 fotos tiradas pela Al Mayadeen, de uma exposição fotográfica organizada por um grupo parlamentar de esquerda. O correspondente da Al Mayadeen , Moussa Assi, explicou que os organizadores planejaram a exposição, que começou no dia 16 de abril em Bruxelas, com a intenção de apresentar fotos que revelem as consequências da crise humanitária em Gaza.
A Al Mayadeen recebeu um convite dos organizadores para apresentar fotos que mostrassem o impacto da guerra, especialmente nas crianças de Gaza, e mostrassem a destruição generalizada, as condições dos hospitais de Gaza e muito mais. O jornal submeteu o material que seria exposto para análise dentro do prazo e mostrando claramente que se trata de uma censura, o Secretariado do Parlamento argumentou que não teve tempo suficiente para rever as fotos antes de as exibir.
O correspondente da Al Mayadeen afirmou categoricamente que se trata de uma tentativa clara de “esconder a verdade”. “O que aconteceu indica ainda que o Parlamento Europeu foi inflexível na prevenção da transmissão de qualquer conteúdo que expusesse os crimes israelitas em Gaza. Hipocritamente, imagens da guerra na Ucrânia foram autorizadas a aparecer na exposição, provando os claros padrões duplos e a humanidade seletividade da UE, particularmente a sua posição sobre as crises humanitárias em Gaza”.
O enfrentamento com as forças de resistência armada da Palestina tem sido doloroso para o exército sionista. Sem êxito, só resta aos soldados israelenses matar e sequestrar jornalistas e atacar os civis da mesma forma. Fica cada vez mais claro que o movimento revolucionário do Hamas em 7 de outubro foi o começo do fim do Estado de “Israel”.