O parlamento do Iraque reafirmou a decisão de expulsar todas as tropas dos EUA no país. A resolução foi votada em 2020 após o assassinado do general iraniano Qassem Soleimani e do líder das Forças de Mobilização Popular Abu Mahdi. O assassinato aconteceu em Bagdá, capital do Iraque, por meio de um bombardeio dos EUA. O país até hoje está ocupado por tropas e bases militares norte-americanas com a justificativa de que haveria um combate ao Estado Islâmico.
Em 2020, os EUA realizaram uma manobra alegando uma mudança na situação jurídica da ocupação militar, mas sem mudar nada na prática. A crise estourou novamente em 2024, quando os EUA assassinaram um comandante do Hesbolá al-Nujaba, um dos grupos da resistência armada do Iraque. O primeiro-ministro anunciou que iniciaria o processo de retirada de tropas dos EUA no dia seguinte ao assassinato.
Agora o vice-presidente do parlamento, Mohsen al-Mandalawi, afirmou em uma sessão parlamentar que a resolução adotada em 2020 para expulsar as forças da coalizão (liderada pelos EUA) é “uma legislação fundamental e irreversível”, que não será alterada, pois conta com o apoio do povo e do governo iraquianos. Al-Mandalawi urgiu o governo iraquiano a colocar a resolução em prática e a expandir as capacidades das forças de segurança iraquianas.