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Palestina

Os palestinos que perderam seus empregos da noite para o dia

Na Cisjordânia, palestinos desempregados por " Israel" defendem a resistência palestina mesmo diante das dificuldades.

Diante da incapacidade de combater militarmente os palestinos, o Estado nazista de “Israel” tem transformado a vida dos civis na Palestina em um inferno ainda maior que aquele ao qual já são submetidos há quase 100 anos.

Além dos bombardeios criminosos que já ceifaram a vida de dezenas de milhares de civis na Palestina, a maioria deles mulheres e crianças, das prisões arbitrárias e da violência brutal dos soldados israelenses, a fome e a escassez também são utilizadas por “Israel” como armas de guerra e ao contrário do que se costuma pensar, não apenas em Gaza mas também na Cisjordânia.

Desde o dia 7 de outubro, dezenas de milhares de palestinos da Cisjordânia, que tinham autorização para trabalhar em “Israel”, em empregos como a construção civil, tiveram sua autorização cancelada e sem a perspectiva de obtenção de outra fonte de rendimento.

Yahya, um chefe de família palestino que se viu na situação de, da noite para o dia, não ter mais uma fonte de sustento para sua família, denunciou para um colunista do jornal Al Mayadeen que “um dia estávamos trabalhando, ganhando, provendo e num piscar de olhos perdemos nosso sustento”. “A vida como trabalhador palestino trabalhando em Israel não é fácil. Você tem que lidar com certas pessoas que o discriminam, soldados que dificultam as coisas quando têm vontade. A coisa mais importante é que estamos trabalhando”, continuou Yahya.

Yahya ainda explicou que “normalmente, o salário que você recebe em Israel é maior do que receberia por trabalhar aqui na Cisjordânia, mas agora, todas aquelas pessoas que perderam seus empregos em Israel voltaram para cá e todas elas estão competindo pelas mesmas poucas vagas disponíveis em um mercado de trabalho que também sofreu após o dia 7. Há dezenas de milhares que estão na mesma posição que eu. Esta é a definição literal de zero segurança no emprego”. “É uma situação muito difícil. Não sabemos quando vai mudar, de onde virá o nosso próximo salário e o que o futuro nos reserva, mas as despesas nunca param, as nossas responsabilidades nunca param”.

Segundo relatos do colunista de Al Mayadeen, nas ruas de Hebron, cidade da Cisjordânia, existem agora barracas e vans improvisadas de comidas como falafel, arayes e kunafeh, que são formas com as quais os palestinos desempregados tentam reverter a sua situação financeira.

Também os palestinos mais qualificados, com nível universitário, os quais são reconhecidos mundo afora pela sua eficiência e originalidade, estão enfrentando maiores dificuldades para se alocar no mercado de trabalho. Segundo Abber, uma recrutadora palestina que lançou uma iniciativa de lobby para a contratação de profissionais de tecnologia palestinos: “Os palestinianos enfrentam uma enorme crise econômica e muitos perderam os seus empregos e casas. Todas as empresas com quem trabalhamos em Gaza foram destruídas, mas não desistem e são inspiradas pela sua coragem, resiliência e autoestima, determinação, também não vamos desistir.”

Abeer afirma que a Palestina produz mais de 4 mil profissionais licenciados em tecnologia todos os anos que sofrem com o preconceito, apesar de serem muito melhores profissionais do que a média: “Nossos talentos são muito inteligentes e inovadores. Eles trazem uma perspectiva completamente diferente porque vêm de uma cultura diferente, onde temos recursos limitados; isso se chama inovação frugal, fazer algo do nada.” “Treinamos engenheiros de DevOps e cientistas de dados especializados em aprendizado de máquina — mas quando digo isso para alguns de meus amigos ou empresas nos Estados Unidos, eles dizem, ‘tudo bem, podemos dar a eles algum trabalho de entrada de dados’.”

Apesar do aumento temporário das dificuldades advindas como consequência da força de sua resistência, Abeer deixa claro que os palestinos não estão dispostos a recuar e a aceitar um papel menor na vida do que aqueles que merecem: “Precisamos de soluções sustentáveis ​​e de longo prazo, para capacitar os palestinianos a saírem das dificuldades em vez de dependerem da caridade e da ajuda a curto prazo. Os palestinos dizem-me todos os dias que o que eles precisam é de emprego, que a sua liberdade vem da capacidade trabalhar e se sustentar.”

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