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Editorial

Operação russa abriu o caminho para a Operação Dilúvio de al-Aqsa

Há dois anos, Vladimir Putin anunciava expedição em território ucraniano

Neste 24 de fevereiro de 2024, completam-se dois anos desde que o governo de Vladimir Putin decidiu deflagrar sua operação militar especial na Ucrânia. Chamada frequentemente pelos seus adversários de “guerra de Putin”, a operação se tornou, de fato, uma guerra, um enfrentamento militar de grandes proporções.

Uma guerra não entre a Rússia e “a Ucrânia”, mas entre a maior das nações eslavas e o imperialismo. Hoje, até mesmo a imprensa norte-americana reconhece que se trata de uma “guerra por procuração”. Um conflito armado entre a Rússia, na luta por sua independência política, militar e econômica, e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a expressão máxima da ditadura dos Estados Unidos sobre os países europeus.

Os 24 meses de conflito deixaram importantíssimas lições. A primeira delas é a de que o imperialismo, o xerife da ditadura mundial, está muito, muito enfraquecido. A Rússia está prestes a vencer, com muita tranquilidade, uma guerra contra o segundo maior país da Europa, apoiado de todas as formas pelos Estados Unidos.

Até o final de 2023, os Estados Unidos haviam destinado mais de R$350 bilhões à Ucrânia somente no período da guerra. Também não é segredo que os Estados Unidos pressionaram os organismos internacionais para aplicarem todo tipo de sanção econômica imaginável contra a Rússia. A economia russa, no entanto, permaneceu inabalada, enquanto as economias europeias sofreram fortemente o impacto das sanções.

Putin vem conseguindo derrotar os Estados Unidos na guerra da Ucrânia, demonstrando um verdadeiro espetáculo de paciência. A tranquilidade com que vem levando a operação fez com que sua popularidade só aumentasse na Rússia, bem como em várias regiões ucranianas. Não é à toa que os referendos para que as regiões do leste ucraniano fossem anexadas à Rússia tiveram uma vitória esmagadora pró-Putin.

Caso todas as previsões se confirmem e a Rússia vença a Ucrânia, será algo inédito. Nunca na história os Estados Unidos foram derrotados em uma guerra por outro país. A não ser em casos como o Afeganistão e o Vietnã, quando uma verdadeira insurreição popular tomou conta desses países e expulsou seus invasores.

Outra lição importante é a de como a luta contra o imperialismo leva os setores envolvidos a uma evolução política. Vladimir Putin, um ex-agente dos sistemas de espionagem soviéticos, bastante conservador, ao se enfrentar com o imperialismo, experimentou um deslocamento à esquerda impressionante. Ele foi obrigado a, na prática, “desnazificar” a Ucrânia. Isto é, combater, de armas na mão, as milícias da extrema direita. A luta contra o imperialismo acabou fazendo com que se aproximasse cada vez mais dos poucos Estados Operários do mundo, como é o caso de Cuba, agraciada com uma estátua de Fidel Castro em território russo.

Putin mostrou que o imperialismo, por mais criminoso e agressivo que seja, não é invencível. É por isso que a guerra da Ucrânia tem estimulado grupos guerrilheiros e países inteiros a se chocarem contra os seus dominadores. Os países africanos que acabaram de sofrer golpes militares nacionalistas estão todos, não por acaso, alinhados à Rússia.

É neste processo de libertação nacional que está envolvido o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas). A Operação Dilúvio al-Aqsa só se tornou possível por causa da desmoralização cada vez maior do imperialismo. Isto é, por causa da sua crescente incapacidade em manter os países sob o seu domínio.

A “guerra de Putin” mostrou que aquele que decidir peitar a ditadura mundial sairá vitorioso. E que também não está sozinho: a cada dia que se passa, mais e mais nações se juntam à cadeia de rebeldes.

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