Deixando claro que a Operação Escudo – responsável por realizar uma carnificina na Baixada Santista em 2023 – nem remotamente está preocupada com o crime, o Instituto Sou da Paz – base em dados da própria Secretaria da Segurança Pública (SSP) -, relatou um aumento de crimes como estupros, furtos, homicídios e roubos durante o período da operação em comparação com o mesmo período de 2022. Além disso, após o término da operação, houve um aumento nos casos de homicídio e outros crimes.
A Operação ocorreu entre julho e setembro de 2023, resultando em mais de 60 mortes e mobilizou um grande contingente policial na Baixada Santista. Foi o período de maior aumento da violência, obviamente provocada pelos policiais. A violência policial, no entanto, não cessou. Jovens são assassinados na periferia e trabalhadores têm suas vidas ceifadas pelo aparato nazista de “segurança”. É fundamental, porém, compreender que o que ocorre não é uma fuga a regra. A polícia não “parou de defender o trabalhador”, ela nunca defendeu ninguém além daqueles que os contratam: os burgueses.
A opressão existente na baixada santista, nas favelas, no interior fluminense e no Nordeste não passam de um retrato do que ocorre em locais interioranos, como no Mato Grosso, onde os policiais se unem ao exército e à força nacional para servirem aos interesses dos latifundiários e exterminam índios, sem-terra e possíveis ameaças ao monopólio da terra dos donos do dinheiro. A Operação Escudo nada mais é que a institucionalização da diretriz fascista já existente de autorizar a chacina contra a classe trabalhadora.
De todas as ações da Polícia Militar, apenas uma servirá à classe trabalhadora: acabar.