De acordo com o Serviço de Inteligência Estrangeiro Russo (SVR), o Departamento de Estado dos EUA e os serviços especiais foram supostamente ordenados pelo governo de Joe Biden a criar uma “imagem distorcida” sobre o ataque terrorista do mês passado a uma sala de concertos em Moscou e a remover qualquer suspeita do governo ucraniano.
Segundo a Russia Today (RT), em comunicado de imprensa na segunda-feira, o SVR afirmou ter recebido informações de que ONGs e meios de comunicação afiliados aos EUA foram encarregados de “remover da comunidade internacional quaisquer suspeitas sobre o envolvimento de Vladimir Zelensky e da sua comitiva no crime”.
Logo após o atentado na casa de concertos Crocus, próximo de Moscou, onde quatro homens fortemente armados invadiram o local e dispararam matando 144 pessoas e ferindo mais de 200, os governos norte-americano e ucraniano correram para a imprensa para afirmar que a Ucrânia e seus soldados não tinham nada a ver com o ocorrido,.
Ao mesmo tempo o ISIS-K – que seria um braço do Estado Islâmico -reivindicou a autoria do ataque. No entanto, as primeiras informações do governo russo, após a captura dos quatro homens envolvidos, declararam que durante a tentativa de fuga eles se dirigiam à fronteira junto à Ucrânia onde inclusive teriam pessoas do lado ucraniano esperando-os.
Para o Serviço de Inteligência Russo: ”Washington começou a proteger Zelensky antes mesmo que ‘as cinzas’ da prefeitura queimada de Crocus tivessem tempo de esfriar. Tal pressa parece imprudente para muitos no Ocidente e suspeita para muitos no Oriente”, salientou.“Ao encobrir o regime criminoso de Kiev, [os EUA] correm o risco de serem suspeitos de envolvimento no terrorismo internacional”, alertou o SVR.
Outra situação que já está acontecendo de acordo com SVR é que os Estado Unidos estão tentando convencer seus aliados de que seria um ataque orquestrado por “terroristas islâmicos”. Para tal, os EUA têm criado histórias sobre como a Rússia tem sido alvo de “terroristas islâmicos” que procuram vingança pela guerra na Chechénia no início dos anos 2000, pelo apoio de Moscou ao presidente sírio, Bashar Assad, e por estabelecer laços com o Talibã no Afeganistão, disse o SVR.
Sabendo que o ISIS é um nome de fachada e que serve aos interesses do imperialismo, a Rússia enviou inquéritos oficiais aos sistemas judiciários dos EUA, Alemanha, França e Chipre, exigindo que investigassem o alegado envolvimento dos seus serviços de inteligência, e de outras entidades e indivíduos, na organização e financiamento de ataques na Federação Russa.
Os legisladores russos observaram que a escala e as consequências dos recentes ataques terroristas – incluindo a destruição do Nord Stream 1 e 2 – “demonstram um certo envolvimento de representantes de serviços de inteligência estrangeiros específicos no processo da sua implementação”.
Durante a Análise Política Internacional que vai ao ar toda segunda-feira às 12h pelo Diário Causa Operária, Rui Costa Pimenta e o Comandante Robinson Farinazzo comentaram o tema. Supondo que não teria sido um ataque organizado pelo Estado Islâmico – ISIS-K – Farinazzo aponta: “Para fazer um atentando desses, precisa ter dinheiro, precisa conhecer o local, conhecer o itinerário de entrada e saída, precisa ter um croqui do local, isso não é coisa do ISIS-K isso é serviço de departamento de inteligência apoiando.”
Para Rui Costa Pimenta as evidências deixam claro que o atentado partiu da Ucrânia auxiliada pela OTAN. A primeira coisa que devemos nos perguntar é: por que o ataque? Quer dizer, você a tem a guerra Rússia e Ucrãnia, ai tem a questão da Palestina, ai vem um grupo supostamente islâmico e ataca a Rússia, qual é o sentido disso? Se fosse um grupo islâmico de verdade com reinvidicações de independência atacaria os EUA ou “Israel”, ou seja, não faz o menor sentido. afirma Rui Costa Pimenta.
