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Entrevista

O que Danilo explicou sobre o futebol brasileiro

"Se a Seleção Brasileira ganha, foi todo mundo, se a Seleção Brasileira perde, foi o Neymar"

O jogador Danilo, ex-Santos e atual capitão da Juventus, de 32 anos, concedeu entrevista ao TNT Sports e disse coisas interessantes sobre o futebol brasileiro que valem a pena serem debatidas neste Diário Causa Operária.

Fernando Diniz
Sobre a passagem de Fernando Diniz na seleção, Danilo afirmou que ele “humanamente ele é diferente. Um cara que tenta entender singularmente a opinião, o sentimento, né, o feeling de cada um para depois juntar isso e fazer e fazer o ponto forte”.

Continuou: “ele [Diniz] ele é um cara que faz, que tenta fazer com que o jogador volte como, você falou no começo do nosso bate-papo, que o jogador volte a ter aquela sensação que ele tinha quando criança, que é quando ele jogava a bola né, no campinho da rua com os amigos, na escola tem aquela aquela sensação de beleza (…) eu jogo num clube profissional grande com pressão com torcida com grana envolvida com tudo, mas cara, eu eu jogo futebol para para ter boa sensação, para para me divertir. Essa é a principal característica do Diniz”.

Ainda, sobre a confusão na CBF, afirmou o zagueiro que “na Seleção Brasileira ele não teve, é, não teve tempo, não teve ambiente, não teve nada para poder fazer com que as coisas funcionassem, porque realmente tava uma bagunça incrível. Ninguém sabia de nada, ninguém sabia o que ia acontecer, imagina para o treinador não saber se ele vai continuar amanhã ou depois, não saberia se vai contar com com apoio de A ou de B. Uma confusão danada. E era impossível que ele fizesse com que o trabalho dele funcionasse”.

Jogo posicional

O entrevistador abre o debate sobre o jogo posicional, que seria uma forma de jogar mais rígida, parecida com a europeia, e que seria um problema para o desenvolvimento do futebol brasileiro, tal como o conhecemos. Em sua resposta, o que é possível entender é que a pressão para esse tipo de jogo é gigantesca, e, de fato, será muito difícil a seleção se colocar fora desse esquema.

O capitão da Juventus, sobre o tema, afirma: “facilita primeiro a bola chegar lá na frente pros jogadores que realmente tem habilidade, o poder de fazer a diferença nos espaços curtos. O Guardiola sempre falou que é assim: a gente a gente não é superior a ninguém, a gente só toca melhor a bola e se posiciona melhor. Em termos da Seleção Brasileira, fazer com que a bola chegue de uma maneira mais limpa, melhor, pro Neymar pro Vinícius Júnior, pro Rodrigo pro Rafinha pro Anthony pro Gabriel Jesus que é a galera que tem ginga. Então, assim, eu não vejo o futebol posicional como esse grande vilão, até porque pensando num segundo momento que é quando esses caras vão perder a bola, que vai acontecer, e é muito mais fácil defender do que atacar”.

Jogador não liga para Seleção?

Na imprensa existe uma campanha de que o jogador da seleção não liga para o time nacional, não se importa em estar lá, vestindo a camisa da canarinho. Diz, Danilo: “não é verdade, em nenhum momento de nenhuma maneira. Porque é aquele negócio, quando o brasileiro, cara, você nasce, e onde você quer jogar? Você quer jogar na seleção brasileira, não tem como. Você quer vestir a camisa amarela, você quer estar representando o país do futebol, é impossível dizer ao contrário”. O que faltou foi “um pouco mostrar o dia a dia do jogador, mostrar um pouco aquilo que é o jogador e fazer com que as pessoas entendam. Falar ‘pô aquele ali é um atleta hoje da Seleção Brasileira renomado joga no clube x da Europa e tal, mas dentro dele ali também ainda tem os mesmos sonhos de quando ele era moleque’”.

Seleção Brasileira é, sim, temida.

Outro desmentido feito por Danilo foi como os outros jogadores, os europeus, veem a seleção brasileira. Eles veem com “muito respeito, muito respeito e até um certo temor ainda (…) Porque é aquilo, eles estão dentro do futebol e entendem… o que é o potencial de cada jogador. Quando você olha pra seleção brasileira em cada posição você vê jogadores de um potencial enorme. Vários jogadores em cada posição” 

E completa: “É diferente de outras seleções que tem um aqui um ali outro aqui outro aqui. O Brasil tem bons jogadores em todas as posições. É muito respeitado porque em todas as posições tem muitos jogadores de um nível alto”.

Neymar

Sobre o nosso craque, Danilo, que também quer ser campeão em 2026, afirmou que “Neymar é muito mais responsabilizado do que os outros. Quer dizer, se a Seleção Brasileira ganha, foi todo mundo, se a Seleção Brasileira perde, foi o Neymar que não jogou nada (…) assim, normalmente, no dia a dia, a gente sente junto com ele a pressão que vem em cima dele. Não tô aqui para julgar se é se é justa ou não, se o comportamento dele é justo ou não, mas é a pressão que é, não tem o que falar”. 

A entrevista de Danilo é interessante para mostrar que boa parte do que é dito sobre o futebol brasileiro e sobre os jogadores não passa da política da imprensa capitalista, que visa apresentar uma versão dos acontecimentos para favorecer os interesses daqueles que mandam no futebol.

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