Segundo um levantamento feito pela Quaest/Genial, divulgado nessa sexta-feira (1º), 39% da população brasileira possui uma percepção favorável acerca de “Israel”. O mais significativo é que, em outubro de 2023, logo após a deflagração da operação Dilúvio de Al-Aqsa, esta taxa era de 52%.
Em outras palavras, desde que “Israel” intensificou seu genocídio na Faixa de Gaza, 13% de toda a população brasileira, ou seja, pouco menos de 30 milhões de pessoas, mudaram de ideia acerca da ocupação sionista.
Ao mesmo tempo, a quantidade de pessoas que possui uma percepção desfavorável sobre o Estado israelense subiu de 27% para 41% da população, enquanto que 20% não sabem ou não responderam à pergunta.
Em primeiro lugar, deve-se ter claro que pesquisas provenientes de organizações da burguesia não são uma representação fidedigna da realidade. Nesse sentido, é muito provável que muito menos que 39% da população brasileira reprove “Israel”. Antes, esse tipo de levantamento serve para demonstrar tendências dentro da política e, nesse caso, demonstra a falência de “Israel” frente à opinião pública brasileira.
Essas pessoas mudaram de ideia por conta do genocídio que “Israel” está cometendo em Gaza, assassinando mais de 30 mil palestinos desde 7 de outubro de 2023.
O ponto é que os principais responsáveis para que esse setor da população tomasse conhecimento do que está acontecendo na Palestina, das imagens horrendas de genocídio, é a Internet e a campanha em defesa da Palestina.
Ao mesmo tempo, que fizeram os heróis da esquerda pequeno-burgues? Alexandre de Moraes e seus colegas divinos do STF não fizeram nada. A Globo tornou-se o principal defensor de “Israel”, mentindo todos os dias em uma escala industrial para fazer isso. Muito pelo contrário, foram cúmplices e defensores do genocídio em curso em Gaza.
O povo foi convencido pelo método tradicional da luta operária e popular: a verdade. Foram os atos, os panfletos, os cartazes, as denúncias feitas na Internet que mostraram os fatos para a população.
O grande destaque, porém, é a Internet: sem ela, o Estado nazista de “Israel” poderia cometer suas atrocidades quase que sem denúncia alguma. Afinal, a imprensa burguesa, como foi dito, apoia a ocupação sionista e, portanto, esconde as denúncias contra os israelenses.
Isso mostra como projetos como o PL das “Fake News” servem para restringir cada vez mais a informação na Internet para deixar a “imprensa séria e verdadeira” mentir ainda mais à vontade para favorecer o sionismo.
A censura só funciona quando é em prol dos interesses do imperialismo. A defesa que a esquerda pequeno-burguesa faz da censura é uma defesa de que a divulgação do sofrimento do povo palestino fique nas mãos dos amigos do Estado genocida de “Israel”. No fim, uma defesa do sionismo.