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Antônio Carlos Silva

Professor de Matemática. Fundador do PCO, integra a sua Executiva Nacional. Atuou na fundação do Coletivo de Negros João Cândido. Liderou a criação e coordenação dos Comitês de Luta contra o golpe e pela liberdade de Lula. Secretário Sindical Nacional do PCO, coordena a Corrente Sindical Nacional Causa Operária, da CUT.

Coluna

O PCO não se verga, na luta Palestina, nas ruas e nas eleições

35a Conferência Nacional do PCO aprovou um ampla campanha em defesa da Palestina, finalização massiva de simpatizantes e diretrizes para intervenção nas eleições

Realizamos neste fim de semana com enorme existo político e organizativo a 35a Conferência Nacional do PCO, com mais de 100 delegados eleitos de todas as regiões do País, bem como das células partidárias do exterior.

O encontro teve como centro e iniciou com a discussão sobre a tarefa central deste momento para a esquerda classista de todo o Mundo que é impulsionar a luta contra o genocídio do povo palestino e da defesa da sua luta, de armas nas mãos, sob a liderança do Hamas, contra as forças de ocupação sionistas, apoiadas pelo imperialismo norte-americano, o maior inimigo de todos os povos oprimidos do planeta.

A Conferência foi embalada pela realização de um importante ato em defesa da Palestina, no sábado, o maior deste ano, e primeiro depois dos importantes acontecimento desta semana, como o fuzilamento de centenas de palestinos na fila para conseguir comida realizado pelo exército sionista que reafirmam o seu caráter nazista.

Depois de uma amplo debate sobre a situação, a Conferência aprovou realizar uma enorme operação em defesa da palestina que envolve, dentre outros, a publicação de 1 milhão de panfletos, mais de 100 mil cartazes, 300 mil adesivos e o lançamento de um livro com verdade sobre a Palestina, contada pelos mais importantes dirigentes do Hamas em entrevistas e depoimentos  concedido no Catar, quando das reuniões com a comitiva liderada pelo presidente do PCO, Rui Costa Pimenta.

Foi aprovado também uma ampla campanha de rua e a participação nos atos deliberados pelos movimentos sociais nos próximos dias 8 de março, Dia internacional de luta da mulher trabalhadora, que deve ser transformado no dia internacional de luta e defesa da mulher palestina contra o genocídio e no dia 23 de março, quando alem da causa palestina, o PCO pretende levar às ruas a defesa do programa dos trabalhadores da cidade e do campo diante da crise e do cerco que a direita realizar contra o governo Lula.

Sobre a base dessa política o PCO deliberou também intervir no processo eleitoral, com a compreensão de que ele dever servir como mais uma tribuna de propaganda das reivindicações fundamentais da população explorada, principalmente o socialismo e o governo operário, realizando no processo eleitoral uma intensa campanha de agitação e a propaganda política,  meios principais pelos quais buscamos dar uma expressão de caráter político, ou seja, não apenas consciente, mas dirigido de modo unitário e centralizado contra o Estado burguês.

Para nós, trata-se de levar no terreno eleitoral a mesma luta que travamos nas ruas, nos sindicatos, por meio de nossa imprensa, nas redes sociais, etc. sob a base de um programa revolucionário, sem ilusões nas instituições carcomidas do moribundo regime burguês e apontando que o caminho para a conquista da emancipação dos trabalhadores não são as eleições, mas a organização independentes dos explorados, em um partido próprio, operário e revolucionário e de massas, do qual o PCO é o principal embrião.

A Conferência debateu que situação atual está marcada por um quadro de aprofundamento da crise capitalista e da polarização política internacional, dos os povos oprimidos contra o imperialismo (destacando-se os casos das guerras libertados dos povos palestino, russo e africanos, dentre outros); bem como pela polarização interna que a direita (“centro”), com apoio da esquerda pequeno burguesa, procura – inutilmente – evitar.

Aprovamos a meta é lançar candidaturas próprias de militantes das lutas dos trabalhadores, operárias, socialistas, das lutas dos povos indígenas, dos negros, das mulheres e da juventude em cerca de 100 cidades nas quais consigamos superar os obstáculos burocráticos impostos pela direita golpista por meio do Congresso Nacional, Judiciário, etc. que visam impedir a participação politica dos trabalhadores.

Vamos nos opor à politica da esquerda parlamentar, encabeçada pelo PT, que – aprofundando sua política de conciliação e capitulação diante da burguesia – está abrindo mão até mesmo da disputa eleitoral, apoiando candidaturas de abutres  golpistas (até pelo PT) e inimigos das reivindicações populares.

Ficou decidido que o PCO não apoiará qualquer candidatura de partidos burgueses golpistas, inimigos dos trabalhadores e de suas lutas e poderá, sob a base da aprovação da direção nacional estabelecer um trabalho comum no processo eleitoral com setores da esquerda que apresentem nas eleições candidaturas realmente representativas das lutas dos explorados da cidade e do campo.

As pré-candidaturas, aprovada pela Conferência e demais instâncias partidárias (referendadas pela direção nacional) começarão a ser lançadas na no de março em atividades públicas; e serão aprovadas de forma definitiva em uma Conferência Nacional a ser realizada no devido prazo  legal.

A Conferência aprovou o lançamento de pré-candidaturas em 13 capitais (como parte do objetivo de lançar candidatos em mais de 20 capitais, bem como em outras 16 cidades, no total de 29 indicações, com destaque para o lançamento de candidaturas representativas da luta em defesa da Palestina e da juventude, como os companheiros João Jorge Pimenta e Henrique Simonard, a prefeito de São Paulo e do Rio de janeiro; candidaturas da luta das mulheres como as das companheiras Lourdes Mello, em Teresina, Nina Tenório, em Maceió, Lilian Manda, em Marília (SP); das lutas do negros como Victor Assis, em Recife, Tiago Pires, em Araraquara (SP), Jamaica e Luiz Eugênio, em Volta Redonda (RJ); das lutas populares, como o companheiro Jairo Palheta, da FNL e da luta dos sem teto, em Macapá; e dos povos indígenas, como os companheiros Magno Souza, em Dourados (MS) e Daniel Lemes, em Amambaí (MS), dentre muitos outros.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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