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Venezuela

O jogo de cena para comprometer as eleições venezuelanas

Imperialismo realizar campanha difamatória Corina Yoris, contra as eleições venezuelanas.

O imperialismo realiza uma campanha difamatória, através de Corina Yoris, contra as eleições venezuelanas. Mesmo consciente que a Plataforma Unitária Democrática (PUD) teria outro candidato, Yoris fez um escândalo que foi utilizado pela imprensa imperialista para atacar o nacionalismo venezuelano.

O que realmente ocorreu

Maria Corina Machado era uma agente no imperialismo na Venezuela, colocada por este como “líder” da oposição. Entretanto, em junho de 2023, Machado foi impedida pela Controladoria-Geral venezuelana de assumir cargos públicos durante 15 anos por “irregularidades administrativas” além de ser investigada por “uma trama de corrupção” junto a Guaidó.

Face ao impedimento da candidatura de Machado, Corina Yoris Villasana do Un Nuevo Tiempo (UNT) foi anunciada em 22 de março como candidata substituta pela PUD. Entretanto, o UNT não estava habilitado a participar das eleições e a PUD, composta por 11 partidos, resolveu lançar Gonzalez Urruti. A rejeição a candidatura de Yoris não foi judicial, mas política de seus correligionários da PUD.

“Não foi [uma decisão de] toda a plataforma, e tem objeção. Quando perguntam para María Corina [Machado], inclusive, ela afirma que a candidata dela continua sendo Corina Yoris”, afirmou Yoris, que finge estar sendo impedida de participar das eleições pelo governo de Nicolás Maduro.

Em resumo, o principal fantoche do imperialismo não conseguiu unificar a burguesia venezuelana e culpou o governo por sua derrota política. Mais que isso, há uma manobra de estelionato político do imperialismo, utilizando a desmoralização de seus lacaios para difamar o regime político na Venezuela.

A própria Yoris, afirmou que: “Tentamos ir pessoalmente ao Conselho Nacional Eleitoral para entregar uma carta solicitando uma prorrogação e nem mesmo fisicamente pudemos fazê-lo”, declaração que não condiz com a campanha de perseguição.

Quem são as Corinas?

Machado, conhecida pelo acrônimo MCM, é uma política de direita, filha de industrial do aço, que teve parte de sua educação nos EUA. Ela é fundadora da ONG Súmate, esteve à frente da tentativa de golpe de 2014, recebendo fundo da Fundação Nacional para a Democracia (NED, sigla em inglês de National Endowment for Democracy), uma fachada da CIA.

Em outras palavras, mais uma funcionária do imperialismo trabalhando na “Revolução Colorida” e viabilidade de um golpe contra o nacionalismo. Não por coincidência, MCM foi uma dos signatários do Decreto Carmona na tentativa de golpe de Estado de 2002 na Venezuela.

Já Yoris tem uma vida política partidária mais recente. Foi nomeada em 2022 pela PUD para a Comissão Primária Nacional. Ela é uma filósofa com destaque nas entidades internacionais, conhecida em razão de sua campanha anti-socialista e anti-comunista, uma liberal contra-revolucionária que cinicamente culpa o nacionalismo e a esquerda pela barbárie do imperialismo na Venezuela.

Imprensa imperialista

Embora a negativa contra a candidatura de Yoris tenha partido da PUD, a imprensa imperialista em uníssono condenou a “perseguição política” à oposição. Toda a grande imprensa contou a triste história da senhora de 80 anos, impedida que se candidatasse pelo ditador Nicolás Maduro, supostamente temeroso da derrota.

A demagogia etária chega a profundidades abissais: “É apenas a força física que determina a capacidade de realizar uma tarefa da magnitude que temos? Acho que devemos enfatizar a capacidade encontrada aqui”, afirmou Yoris em entrevista à Reuters. Inovando com outra bandeira na cesta identitária do golpismo norte-americano.

Vemos uma grande campanha de calúnias, com amplo ângulo de ataques ao governo nacionalista venezuelano. Nas palavras do colunista Mario Vitor Santos, do Brasil 247: “Qualquer país que decide defender a própria soberania sobre suas riquezas naturais transforma-se em alvo do império”.

PT não deve imitar o bolsonarismo

Infelizmente, a primeira declaração indevida de Lula sobre o cenário eleitoral venezuelano foi lamentável. Pareceu um comunicado da imprensa imperialista, seguindo a linha do oficial do governo anunciada pelo Itamaraty.

“Com base nas informações disponíveis, observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitária, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de se registrar, o que não é compatível com os Acordos de Barbados” — Publicação oficial do governo brasileiro em 26 de março.

“Agora é grave que a candidata não possa ter sido registrada. Não foi proibida pela Justiça, me parece que ela se dirigiu até o lugar e tentou o computador do local e não conseguiu entrar”, afirmou Lula. “Então, foi uma coisa que causou prejuízo a uma candidata, que por coincidência leva o mesmo nome da candidata que tinha sido proibida de ser candidata”, complementou Lula.

Acertadamente, a chancelaria venezuelana repudiou a posição do Itamaraty, expondo “que parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”. O ministério venezuelano ainda pontuou que os comentários “são carregados de profundo desconhecimento e ignorância sobre a realidade política na Venezuela”.

O governo Maduro lembrou ter mantido “uma conduta fiel aos princípios que regem a diplomacia e as relações amistosas com o Brasil, sendo que, em nenhuma hipótese, emite, nem emitirá juízos de valor sobre os processos políticos e judiciais” brasileiros.

Para nossa vergonha, mais uma vez o governo brasileiro, pressionado pela direita nacional, comete um misto de gafe e erro político no cenário internacional. Não bastasse caracterizar o Hamas como terrorista e prestar solidariedade a “Israel” em sua primeira declaração sobre a Palestina, Lula agora se confunde com Emmanuel Macron.

“Condenamos firmemente por terem tirado uma candidata muito boa desse processo e espero que seja possível ter um novo marco nos próximos dias e semanas. Não nos desesperemos, mas a situação é grave e piorou com a última decisão. Nós temos uma visão comum perfeita”, declarou Macron.

Essa vacilação e confusão política fortalecem apenas a direita imperialista, tanto internacionalmente quanto nacionalmente. Esse caso, em especial, contribuir politicamente com o bolsonarismo, sendo comemorado pelo golpismo imperialista.

“Eu comemorei as declarações dele (…) por ter se manifestado, dito que as eleições têm que ser respeitadas, limpas, transparentes, críveis, para honrar o Acordo de Barbados que nós respeitamos, nós respeitamos esse Acordo de Barbados da primeira à última linha. Quem não respeitou foram eles. Então acho que as manifestações por parte do Brasil foram muito acertadas, e aproveito a oportunidade para agradecer o presidente Lula”, declarou Yoris.

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