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HISTÓRIA DA PALESTINA

Invasão britânica da Palestina que deu início ao projeto sionista

Durante a Primeira Guerra Mundial, o imperialismo britânico tomou boa parte do Oriente Médio e, imediatamente, deu início a sua ocupação

Com o Mandato Britânico na Palestina, os ingleses se tornaram a ponta de lança de uma campanha imperialista para tomar os territórios do povo árabe.

A revolta no Império Otomano

Durante a Primeira Guerra Mundial, os povos árabes foram estimulados a rebelarem-se contra o Império Otomano com a promessa de independência. Uma parte dessa política se concretizou com a expulsão dos turcos, sob o comando do general britânico Edmund Allenby.

Embora o Reino Unido tenha concordado na Correspondência Hussein-McMahon que apoiaria a independência árabe, essa realidade não se confirmou.

O Acordo Sykes-Picot

Em 1915, um ano após deflagada a Primeira Guerra Mundial, os governos britânico e francês, por meio de seus diplomatas François Georges-Picot e Mark Sykes, realizavam tratativas sobre a divisão do território árabe sob domínio otomano. A principal preocupação das potências imperialistas eram as reservas de petróleo e o Canal de Suez.

O tratado secreto foi estabelecido em 16 de maio de 1916, determinando a divisão dos espólios do Império Otomano. Ao Reino Unido, restaria o controle dos territórios correspondentes à Jordânia, Iraque e uma pequena área em torno de Haifa. À França, restou o sudeste da Turquia, da Síria, do Líbano e do norte do Iraque.

Após a Revolução Russa de 1917, uma cópia do termo secreto, assim como outros similares, chegaram às mãos de Lênin, que os tornou públicos. A denúncia expôs a traição do imperialismo ao mundo árabe, desmoralizando as promessas feitas por meio de T. E. Lawrence aos árabes.

Declaração de Balfour

Em 2 de novembro de 1917, o então secretário britânico dos Assuntos Estrangeiros, Arthur James Balfour, escreveu a Lionel Walter Rothschild, então Barão Rothschild.

A comunicação deveria ser transmitida à Federação Sionista da Grã-Bretanha, o seu conteúdo expressava a intenção do governo britânico de, caso derrotasse o Império Otomano, facilitar o estabelecimento do Lar Nacional Judeu na Palestina. Segue abaixo o seu conteúdo:

“Caro Lord Rothschild,

Tenho o grande prazer de endereçar a V. Sa., em nome do governo de Sua Majestade, a seguinte declaração de simpatia quanto às aspirações sionistas, declaração submetida ao gabinete e por ele aprovada:

‘O governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento, na Palestina, de um Lar Nacional para o Povo Judeu, e empregará todos os seus esforços no sentido de facilitar a realização desse objetivo, entendendo-se claramente que nada será feito que possa atentar contra os direitos civis e religiosos das coletividades não-judaicas existentes na Palestina, nem contra os direitos e o estatuto político de que gozam os judeus em qualquer outro país.’

Desde já, declaro-me extremamente grato a V. Sa. pela gentileza de encaminhar esta declaração ao conhecimento da Federação Sionista.

Arthur James Balfour.”

O texto foi logo publicado na imprensa, sendo incorporado ao Tratado de Sèvres, que estabeleceu os termos de paz com o Império Otomano. A declaração foi ratificada posteriormente pela França e Itália, aliados britânicos na Primeira Guerra Mundial, os EUA também o fizeram em 1922.

Reais intenções

O ano de 1917, marcado pela declaração de Balfour, demonstrou que a política exposta no acordo Sykes-Picot era a verdadeira intenção do imperialismo. A dominação dos territórios e seus recursos, principalmente reservas de petróleo e o Canal de Suez, era o real objeto dos imperialistas. 

Desde o início, o interesse do imperialismo era dominar a área, e um dos seus planos era resolver a desvantagem demográfica com o auxílio do movimento sionista. O plano sempre esteve lá, mesmo à época o genocídio da população árabe nativa para execução do plano era visível.

Mandato Britânico da Palestina

O Mandato Britânico da Palestina foi uma “administração civil britânica” na Palestina que ocorreu de 1920 a 1948. Tratou-se de uma ocupação com um caráter um pouco diferenciado das demais colonias do imperialismo britânico em razão de sua desvantagem demográfica.

Justamente por não terem condições de colonizar a região nos moldes tradicionais, foi utilizado a presença do sionismo para promover a ocupação da região. Essa política transparece em todos os aspectos da atuação britânica.

“O coronel Symes explicou que o país foi descrito como ‘Palestina’ pelos europeus e como ‘Falestin’ pelos árabes. O nome hebraico para o país era a designação ‘Terra de Israel’, e o Governo, para atender aos desejos judaicos, concordou que a palavra ‘Palestina’ em caracteres hebraicos deveria ser seguida em todos os documentos oficiais pelas iniciais que representavam essa designação. Como uma compensação para isso, certos políticos árabes sugeriram que o país deveria ser chamado de ‘Síria do Sul’ para enfatizar sua estreita relação com o outro Estado árabe.” – Ata da Nona Sessão da Liga das Nações, Comissão de Mandato Permanente, em Genebra, de 8 a 25 de junho de 1926.

O domínio do imperialismo sobre a Palestina iniciou com o Mandato Britânico, e perpetua-se até o momento com o enclave sionista do Estado de “Israel”.

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