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Editorial

O Hamas desorientou o imperialismo

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, visita o Oriente Médio pela quinta vez em quatro meses, uma demonstração da incapacidade total do imperialismo de controlar a região

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chegou ao Oriente Médio nesta segunda-feira. É a quinta viagem realizada por ele, que é um dos mais importantes membros do governo dos EUA, à região desde que se iniciou a atual guerra na Faixa de Gaza em outubro de 2023. Ele está na Arábia Saudita e ainda irá visitar o Egito e o Catar, que são mediadores do confronto, além do próprio Estado de “Israel” e a Palestina. Mas o fato é que cinco viagens em um período de quatro meses são uma demonstração de que o imperialismo perdeu completamente o controle da região.

O principal foco da crise do imperialismo é o próprio Estado de “Israel”, uma crise que se desenvolve em diversas formas. Ele é o principal, pois “Israel” é a base mais importante do imperialismo no Oriente Médio, como disse o candidato presidencial dos EUA, Kennedy Jr., é um porta-aviões gigantesco e permanente que atua na região. Isso significa que a crise em “Israel” necessariamente se torna uma crise da dominação imperialista em todo o Oriente Médio. Isso, na realidade, é o que está sendo observado na atual guerra, que já se espalhou para mais cinco países.

A operação do Hamas colocou a existência do Estado de “Israel” em xeque. A principal potência da região, o Irã, repete com frequência que o Estado sionista não completará 80 anos, ou seja, sua validade é até 2028. A “solução dos dois Estados”, um nome bonito para o regime de ditadura na Palestina que existe atualmente com os acordos de Oslo faliu completamente. Agora, dentro e fora do mundo árabe, o fim do Estado de “Israel” se torna a política para os que defendem a Palestina. Uma pesquisa feita nos EUA em dezembro inclusive indicou que mais da metade dos jovens defendia o fim de “Israel” e que o Hamas assumisse o poder na Palestina.

Mas a crise se manifesta também dentro de “Israel”, o bebê de proveta do imperialismo sai de controle do próprio imperialismo. Isso ficou claro nos últimos anos, quando após uma enorme campanha imperialista, Netaniahu não foi derrubado. O motivo disso é um fator de primeira importância: a extrema direita israelense é tão forte e tem uma base tão enorme que não consegue ser controlada pelo imperialismo. São eles os fatores da crise em “Israel”, eles que impedem que exista um acordo de trégua, a troca de prisioneiros e qualquer medida de contenção da crise.

Essa extrema direita é tão forte que sem ela Netaniahu não tem base no parlamento e, portanto, ela tem a capacidade de derrubar o governo e forçar uma nova eleição. Não só isso como ela possui uma enorme quantidade de milícias fascistas de colonos armados na Cisjordânia que tem um enorme peso político. O regime político de “Israel”, que já é todo fascista, está dominado pela ala mais radical da extrema direita, é algo nunca antes visto.

Ante essa realidade, o imperialismo fica totalmente desnorteado. Se apoia o genocídio em Gaza gera uma crise, se não apoia gera outra crise, em “Israel”. Se não ataca o Iraque é atacado pelos iraquianos, e se ataca, até o próprio governo entra em ação contra os EUA. Em relação ao Iêmen a situação é semelhante mas ainda pior. Com o Hesbolá o medo é tão grande que o imperialismo nem tem uma ação determinada. Tudo isso é fruto da gigantesca vitória política que foi a operação do Hamas em 7 de outubro de 2023.

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