A imprensa burguesa se considera a dona da Petrobrás, uma das maiores riquezas do povo brasileiro. Em seus artigos, ela dita o que o governo Lula deve ou não fazer com a empresa estatal. A disputa, nesse caso, se dá pelos bilhões de reais em dividendos. Devido ao governo de destruição nacional de FHC e, depois, de Temer e Bolsonaro, todos os trimestres, dezenas de bilhões de reais são roubados por uma figura mítica, o acionista. Eles são donos de um papel mágico que garante o roubo de bilhões do povo brasileiro.
O governo brasileiro ainda tem algum direito sobre esses dividendos, pois os governos entreguistas nunca foram capazes de desmantelar completamente a Petrobrás. Eis que entra, então, a campanha da imprensa burguesa para definir para onde devem ir os dividendos do Estado brasileiro. Será para o Rio Grande do Sul? Para reinvestir na própria empresa e aumentar a sua produção? Será para industrializar o País? Não. Os dividendos que não são imediatamente roubados pelos acionistas devem ser roubados pelos bancos! Por meio, é claro, do pagamento da dívida pública.
Para a imprensa burguesa, a Petrobrás não está a serviço do povo e da nação brasileira, mas sim, dos banqueiros internacionais. Não é novidade, são os mesmos banqueiros que controlam todos os órgãos de imprensa da burguesia. O termo mágico é “déficit zero”. Funciona assim: os bancos definem uma dívida imaginara de X trilhões de reais – são uma espécie de agiotas internacionais. Então, para garantir o tal do “déficit zero”, o agiota passa a controlar a política econômica do governo.
Assim, os dividendos extraordinários (42 bilhões de reais!) que geraram uma crise tão grande que levou à queda do presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, devem ser entregues ao agiota. Metade desses dividendos foi distribuída, mas o governo brasileiro ficou com apenas seis bilhões. Os acionistas, em sua maioria fora do Brasil, ficaram com os demais 15 bilhões. Esses seis bilhões, entretanto, já estão reservados para os banqueiros. Resta, então, a luta pelos demais 21 bilhões de reais.
A Petrobrás mostra o cerne da luta política no Brasil. Um grupo de vampiros internacionais, os responsáveis pelo golpe de 2016, continuam dominando a economia nacional. A sua dominação, por sua vez, consiste em extrair cada centavo possível do povo brasileiro e mandá-los para os bancos. A solução, felizmente, é simples: não pagar! Os banqueiros não devem receber um centavo do Brasil. Devem, inclusive, perder todos os seus recursos em solo nacional ao serem estatizados.
A luta pela estatização da Petrobrás é a luta pela soberania nacional, a luta pela industrialização do País, pelo fim da miséria e da fome. A luta pelo fim da agiotagem e de seus defensores, a imprensa burguesa.