Nesta sexta-feira (17), Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, deu uma entrevista ao canal Da Prática Política. Ele falou bastante sobre o PCO, e deu um panorama político da esquerda brasileira.
Rui começou tratando sobre o PCO e sua história, e sobre o seu propósito como Partido. Rui falou sobre os primórdios do PCO como grupo clandestino sob a ditadura militar e a entrada do Partido no PT.
Rui seguiu falando sobre a expulsão do PCO do PT, no início dos anos 90 e comentou sobre a legalização do partido.
Tratando sobre o propósito do PCO, Rui disse o seguinte:
“A nossa expectativa é a seguinte, que as contradições do Brasil, elas são profundas, o Brasil vive uma crise muito profunda. É uma crise do capitalismo, que é uma crise mundial que se reflete aqui de uma maneira particular, e que isso vai se transformar em um dado momento em uma grande mobilização revolucionária. O nosso objetivo é preparar os trabalhadores, a esquerda, os militantes conscientes para essa eventualidade”
Em seguida, Rui comenta sobre a exposição do partido. Na colocação, Rui destacou o papel da internet no aumento da exposição do partido, em contraste com a situação anterior. Rui também destacou que a mudança na situação política que veio com o golpe de estado aproximou o PCO do PT como nunca antes. Além disso, ele destaca como a mentalidade da esquerda brasileira mudou com a guinada da situação política que veio com o golpe de estado.
Rui ainda aponta a colaboração política do PCO com a CUT durante o processo do golpe de estado e a paralisia política da esquerda durante o período.
Seguindo, Rui comenta sobre o desenvolvimento do identitarismo dentro da esquerda, e fala sobre como essa política deteriorou a esquerda, e fala ainda sobre como a defesa das liberdades democráticas é um programa do partido que conversa com diversos setores da sociedade.
Rui comentou também sobre o relacionamento do PCO com o PT, apontando que ambos nasceram juntos, e que nos primórdios a crítica ao PT por parte do PCO tinha um caráter muito revolucionário e duro, pois se levava em conta a época de radicalização em que surgiram os partidos.
Falando sobre a defesa do PT por parte do PCO, Rui comenta o seguinte:
“Nós sentimos que apesar das divergências com o PT, era nosso dever defender o governo do PT contra o golpe […] nós sempre tivemos como um princípio de ação política o seguinte: Se você vai fazer alguma coisa, não faça de maneira aparente, vamos a fundo.”
Ainda comentou sobre como o partido nutre uma boa relação com os dirigentes do PT nesse momento e que o partido nunca teve a intenção de derrubar o governo do PT, como é o caso de outros grupos da esquerda. Em seguida comentou sobre a tendência do PT ao conservadorismo quando está no poder. Ainda comenta sobre a frustração do eleitorado diante dos resultados do governo Lula 3 e sobre como a situação do governo hoje é muito mais complicada do que em 2002, dando um panorama político desse período.
Rui comenta em seguida sobre a divisão que existe dentro da esquerda em torno das ilusões que existem na chamada “luta pela democracia” e seus supostos defensores, como Alexandre de Moraes, Geraldo Alckmin e o STF de maneira geral.
Assista na íntegra o vídeo da entrevista no canal Da Prática Política:




