Nesta terça-feira (25), o governo dos Estados Unidos e da França publicaram declaração conjunta propondo cessar-fogo temporário de 21 dias entre “Israel” e o Hesbolá. Segundo declaração, a proposta teria sido endossada também pela Austrália, Canadá, União Europeia, Alemanha, Itália, Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar, sendo requerido também que ela seja apoiada pelos governos do Líbano e de “Israel”.
Segundo a declaração, o cessar-fogo temporário teria a finalidade de evitar a expansão da guerra no Oriente Próximo, e realizar negociações para um cessar-fogo tanto em Gaza quanto na fronteira Líbano-“Israel”.
Conforme noticiado pela emissora libanesa Al Mayadeen, o governo de “Israel” declarou que “é uma proposta franco-americana, à qual o primeiro-ministro nem sequer respondeu“. E, em resposta a uma reportagem do Canal 12 de “Israel”, que teria afirmando que Benjamin Netaniahu ordenara às forças de ocupação que diminuíssem os ataques ao Líbano, o governo também declarou que isto é “o oposto da verdade“, e que Netaniahu ordenou ao exército sionista “que continuassem a luta com força total”.
No mesmo sentido foi a declaração de Israel Katz, ministro das Relações Exteriores, que disse que “não haverá cessar-fogo no norte“, e que agressão sionista continuará “com todas as nossas forças até a vitória e o retorno seguro dos moradores do norte para suas casas“.
Circula por canais de Telegram que proposta de cessar-fogo feita por “Israel” estipularia 1) Rendição do Hesbolá em todo o sul do Líbano e retirada dos soldados para além do rio Litani; 2) Criação de uma zona desmilitarizada de 7 km no sul do Líbano; 3) Implementação do acordo da ONU de 1701 e o desmembramento do Hesbolá e de todos os outros grupos não estatais no Líbano.
Em reunião com o gabinete de guerra, o governo Netaniahu teria exposto seus objetivos com essa proposta: 1) Desmantelar o Hesbolá como força de combate no sul do Líbano; 2) Empurrar o Hesbolá para trás do rio Litani; 3) Negocie sob ataque para obter concessões.
Embora essa proposta ainda não tenha sido confirmada, ela seria uma repetição do que vem ocorrendo em Gaza: propostas inviáveis por parte de “Israel” como forma de ganhar tempo, enquanto continua o bombardeio de civis na tentativa de derrotar a resistência.