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Corte Internacional

Não só Netanyahu, mas todo o Estado de ‘Israel’ é genocida

Os sionistas, ao tentar defender o Estado de “Israel” diante do julgamento no CIJ demonstraram que no mundo, se há um Estado genocida, é o próprio Estado sionista

O julgamento de “Israel” na corte internacional pela acusação de genocídio despertou a fúria dos sionistas em todo o planeta. É o maior escrutínio público pelo qual o Estado de “Israel” já passou. A corte da ONU pode concluir que é culpado de genocídio. E mesmo que não culpe, o mundo inteiro já assistiu à defesa feita pela África do Sul. Os sionistas revoltados existem não só na direita como também dentro da esquerda, um deles é Alex Solnik, colunista do Brasil 247 que publicou o artigo “Nenhum país é genocida”. Nele ele tenta fazer uma defesa jurídica do Estado de “Israel” como forma de defendê-lo politicamente, e assim, involuntariamente, se posiciona do lado dos genocidas.

O subtítulo já apresenta o argumento central: “somente pessoas podem ser consideradas, julgadas e condenadas por genocídio”. Aqui há um problema de incompreensão da relação do tribunal da ONU com uma corte comum. Ao contrário do sistema judiciário de um determinado Estado que deveria julgar indivíduos ou até empresas, o genocídio em consideração aqui é um crime de Estado, e por isso objeto da apreciação da corte internacional indicada por diversos governos.

Ele então começa o texto: “a intenção e os atos do chefe de Estado da Alemanha, Adolf Hitler, consumados com o Holocausto, deram origem ao termo ‘genocídio’. Hitler foi genocida antes de o conceito existir. Mas a Alemanha nunca foi considerada genocida.” Este primeiro argumento já é falso. A Alemanha nazista foi considerada genocida, o Estado alemão durante o regime nazista possuía uma política aberta de genocídio. O Estado de “Israel” por sua vez, o regime sionista, também possui uma política aberta de genocídio. A questão é: existe uma Alemanha que não a nazista, mas existe “Israel” sem o sionismo?

O Estado de “Israel” foi fundado em 1948 por meio da limpeza étnica de 800 mil palestinos, ou seja, ele surgiu por meio de um ato genocida. Mas seria esse o único momento em que “Israel” praticou tal política? Não. Essa é, na verdade a política oficial do sionismo desde antes do próprio surgimento do Estado de “Israel”.

O sionismo se baseava na ideia da “terra sem povo para o povo sem terra”. Isso era afirmado com o conhecimento da população de mais de um milhão de palestinos que moravam no território. Os sionistas, portanto, já planejavam limpeza étnica dos palestinos a partir da década de 1920, isto é, quando já estavam com apoio total dos banqueiros imperialistas. Quando os europeus sionistas começaram a imigrar para a palestina já começaram esse processo, eles compravam as terras, que pelo sistema econômico quase feudal, também eram transferidas com os camponeses palestinos. Então eles expulsam os camponeses de suas terras.

Isso aconteceu desde a década de 1920 até os anos 1940, quando o Estado de “Israel” foi fundado. Depois os israelenses realizaram mais uma enorme limpeza étnica quando invadira a Cisjordânia e a Faixa de Gaza em 1967. Desde então, um dos principais objetivos dos sionistas é de alguma forma diminuir e se possível acabar com a população de palestinos no que eles consideram que é o território do Estado de “Israel”. O sionismo, portanto, é uma ideologia genocida. E não é só isso, o sionismo é mais que uma ideologia, é uma força política real, que tem como principal organização o próprio Estado de “Israel”.

Nesse sentido “Israel” é o único Estado do mundo que pode ser considerado genocida. Nem mesmo os EUA, que praticaram mais genocídio que “Israel” podem ser taxados assim, pois o Estado norte-americano nem sempre teve essa política, ela existiu a partir do momento em que surgiu o regime político do imperialismo. O mesmo vale para a Alemanha, como citado acima, e para os casos de Ruanda ou do Sudão onde os governos realizaram genocídio. “Israel”, por definição, existe com base no genocídio do povo palestino. Isso ficou comprovado no ano de 2023. A única reação que os israelenses conseguiram ao serem confrontados com a luta dos palestinos por um Estado foi a de realizar um genocídio.

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