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Oriente Médio

Mundo árabe se revolta contra o genocídio em Gaza

Protestos na Jordânia mostram que todos os governos que não apoiam a resistência palestina estão sob risco de virem abaixo

Há mais de uma semana, milhares de jordanianos têm saído às ruas em protesto contra o genocídio no território palestino. Com 89.341 km², é o país com maior fronteira com o território palestino ocupado por “Israel”. Criado de maneira artificial pelo imperialismo durante sua partilha do Oriente Médio, a Jordânia é uma das monarquias da região – sendo, portanto, um dos regimes mais reacionários e repressivos.

Outrora lar de centenas de guerrilheiros palestinos, que se exilaram durante um período na Jordânia, o país hoje é um dos mais importantes dispositivos na repressão ao movimento de libertação da Palestina. Assim como faz a Autoridade Palestina, que reprime seu próprio povo em colaboração com “Israel”, a Jordânia é um agente sionista contra os seus irmãos árabes.

As sucessivas mobilizações na Jordânia, neste sentido, são uma demonstração de uma crise extraordinária no país. Afinal, a crise é tão grande que tem impedido a monarquia reacionária jordaniana, inimiga do povo palestino, a esmagar os protestos. Isso, por si só, já é um importante avanço na luta palestina.

Recentemente, o portal sionista The Jerusalem Post publicou um artigo acusando o governo iraniano de estar fomentando as manifestações, com o objetivo de derrubar a monarquia. Seja fato ou meramente uma intriga dos sionistas contra o Irã, a acusação comprova que as manifestações estão sendo vistas como uma ameaça real ao regime.

As manifestações, além de grandes, massivas, e constantes, também vêm adquirindo um verdadeiro caráter insurrecional. Em vários momentos, militantes jordanianos se enfrentaram com o aparato de repressão, de modo que vários membros da Irmandade Muçulmana já foram presos durante os protestos. Em pronunciamento, o secretário-geral da organização, Murad Aidaleh, já declarou que as prisões “não servirão para frear a juventude jordaniana que apoia a luta heroica palestina, que rejeita os crimes do sionismo“.

Os acontecimentos na Jordânia são importantes porque mostram que nem mesmo os países que são tradicionais apoiadores do sionismo estão conseguindo controlar a revolta de sua população. Ainda que não apareça na forma de grandes manifestações, a insatisfação da população saudita e da população egípcia já pode ser aferida pela extrema cautela de seus governantes em tratar a questão de Gaza.

Em outros países, onde o cenário não é tão desfavorável para a solidariedade para com os palestinos, a situação evolui para uma verdadeira unificação nacional contra a ditadura de “Israel”. No Iêmen, onde seu governo bravamente declarou guerra aos sionistas, as mobilizações são gigantescas. Mais recentemente, o Marrocos, no norte da África, e o Iraque, na península arábica, também têm registrado grandes manifestações.

Em seu conjunto, as mobilizações mostram que, quanto mais o tempo passa, mais crítica fica a situação de “Israel” e do próprio imperialismo em relação à sua dominação do Oriente Médio. A operação Dilúvio de al-Aqsa, na medida em que expôs toda a fraqueza do “policial do Oriente Médio”, permitiu que todos os povos levantassem a cabeça para os seus opressores.

O mundo árabe inteiro hoje se levanta contra “Israel”, em solidariedade ao povo palestino. E, ao fazer isso, também se levanta contra os governos árabes traidores, que, ao contrário do que faz de maneira exemplar o Irã, que hoje financia a resistência contra “Israel”, se mostraram verdadeiros capachos do imperialismo, cúmplices do banho de sangue contra os palestinos.

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