Na última terça-feira (21), em declaração feita ao Brasil Urgente, da emissora Band, o comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Cássio Freitas, afirmou que a corporação trabalhará para levar à Justiça os envolvidos na morte do policial Luca Angerami. Freitas faz referência ao fato de que, na segunda-feira (20), o corpo de Angerami foi encontrado em Guarujá, no litoral do estado.
“Hoje, nós encerramos uma parte dessa história [buscas por Angerami], mas nossas operações permanecem. Nós sabemos que há a criminalidade organizada em toda essa tragédia. Todo mundo que, de alguma forma, se envolveu nesse crime, vai responder na Justiça”, disse o comandante-geral.
As declarações devem ser motivo de preocupação. As duas últimas chacinas que ocorreram no litoral paulista, a primeira em 2023 e a segunda no começo deste ano, foram perpetradas justamente com o pretexto de vingar supostos assassinatos de policiais na região. A de 2024, inclusive, consagrou-se como o segundo maior massacre da história de São Paulo, atrás apenas do Massacre do Carandiru.
Nesse sentido, apesar de não haver a deflagração de nenhuma operação do tipo “Escudo”, nome dado às operações desse tipo, não seria surpresa se a polícia sanguinária do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) iniciasse ainda mais uma matança contra a população.