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América Latina

Maduro: CIA instalou bases militares em Essequibo

Na última quarta-feira (3), Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, promulgou lei que cria o estado de Guiana Essequiba na região de Essequibo

Na última quarta-feira (3), Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, promulgou lei que cria o estado de Guiana Essequiba na região de Essequibo, porção territorial que os venezuelanos reivindicam e que lhes foi roubada.

A lei havia sido aprovada por unanimidade pelo Legislativo venezuelano no último dia 22 de março, e contemplava o apoio popular, representado pelo plebiscito promovido em dezembro do ano passado, com o intuito de reconhecer e reforçar a reivindicação do território.

Em nova denúncia, Maduro afirmou que os Estados Unidos contêm bases militares secretas em Essequibo para interferir no regime venezuelano:

Temos informação comprovada de que, no território de Guiana Essequiba, administrado temporariamente pela Guiana, instalaram bases militares secretas do Comando Sul [do Exército norte-americano], núcleos do Comando Sul e núcleos da CIA [agência de inteligência norte-americana]”, afirmou o presidente venezuelano.

Maduro denunciou que as bases teriam sido criadas para preparar agressões à população de Tumeremo e às populações do sul e do leste da Venezuela, e para se preparar em uma escalada contra a Venezuela. O líder venezuelano também afirmou que quem governa a Guiana não é o atual presidente, e sim os EUA.

 “O presidente Irfaan [Ali] não governa a Guiana, a Guiana é governada pelo Comando Sul, a CIA e a ExxonMobil, e não estou exagerando, controlam o Congresso, dois partidos que fazem maioria, governo e oposição, controlam totalmente as forças de defesa guianesas, as forças policiais.”

Qual o interesse do imperialismo na região?

A região, que historicamente pertence à Venezuela, é alvo, hoje, do imperialismo pelas recentes descobertas de petróleo em 2015. Os venezuelanos, como demonstrado pelo plebiscito realizado em dezembro, defendem a anexação legítima de Essequibo, reivindicando as riquezas naturais ao desenvolvimento do país, que tanto é prejudicada com a imposição de sanções econômicas viabilizadas pelo imperialismo mundial. Em contrapartida, através da ExxonMobil, os norte-americanos querem explorar as riquezas em proveito próprio.

Guiana diz que pode ir a Haia contra Venezuela

Na quinta-feira (4), a Guiana atacou a posição da Venezuela, propondo levar o governo venezuelano ao Tribunal de Haia.

“Este ato ilegal põe em causa a obrigação da Venezuela de respeitar os princípios dessa Declaração. Sob esta luz, o Governo da República Cooperativa da Guiana deseja notificar o Governo da República Bolivariana da Venezuela, os Governos da Comunidade do Caribe e da Comunidade Latino-Americana e Caribenha de Nações, bem como o Secretário-Geral das Nações Unidas e o Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos, de que não aceitará a anexação, apreensão ou ocupação de qualquer parte do seu território soberano”, afirma o comunicado.

Possível intervenção dos EUA na Venezuela?

Nos últimos meses, é possível ver uma escalada na ofensiva dos Estados Unidos contra a Venezuela. Os ataques a Maduro são crescentes na imprensa burguese, ele foi, inclusive, alvo de uma tentativa de assassinato a mando do partido da oposição.

Segundo detalhes fornecidos por Tarek William Saab, procurador-geral da República da Venezuela, dois dos que foram presos estavam a menos de 20 metros da plataforma presidencial de onde Nicolás Maduro iria realizar um discurso para inúmeros apoiadores, que estavam presentes no local.

Os sujeitos, que agiam de forma suspeita, carregavam armas de fogo. Saab ainda revelou a identidade deles: Jerry Ostos Perdomo e Carlos Castillo, ambos membros do Vente Venezuela, partido político de María Corina Machado, líder da oposição venezuelana.

Além da tentativa de assassinato, existe uma tentativa de desmoralizar o processo eleitoral venezuelano, acusando sem provas que Maduro estaria suspendendo os adversários políticos das eleições. A denúncia diz respeito ao caso de Maria Corina Machado, líder do partido político que tentou assassinar maduro.

Machado foi desqualificada de concorrer às eleições por 15 anos em janeiro de 2024 pelo Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela, “por estar envolvida […] no complô de corrupção orquestrado pelo usurpador Juan Guaidó”, que levou a um “bloqueio criminoso da República Bolivariana da Venezuela, bem como a vergonhosa expropriação das empresas e riquezas do povo venezuelano no exterior, com a cumplicidade de governos corruptos”.

Conforme já noticiado por este Diário, Corina Machado, tendo sido uma das líderes das manifestações golpistas de 2014 na Venezuela, tornou-se a herdeira de Juan Guaidó após as inúmeras tentativas do imperialismo de utilizá-lo para derrubar o governo nacionalista de Nicolás Maduro terem falhado. É notório que existe uma ofensiva do imperialismo contra o povo venezuelano.

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